sábado, 15 de outubro de 2011

Responsabilidade de quem mesmo? (2)

Continuando...
Ocorreu uma explosão num restaurante no Rio de Janeiro. Foi algo triste, pessoas morreram e outras estão internadas em estado grave. Mas, lá vamos nós novamente... Leio hoje, reportagem sobre o ocorrido e os familiares de uma das vítimas reclamando... adivinha de que? do descaso das autoridades, responsáveis pela fiscalização. Que absurdo! De acordo com a lei o local não poderia ter cilindros de gás e o restaurante tinha pelo menos oito. E pessoas reclamando contra a fiscalização municipal. Dizendo que o Rio estava voltado para Copa do Mundo, deixando seus cidadãos sem a fiscalização necessária. Quer dizer que no restaurante os funcionários não sabiam dos cilindros de gás? Ora, o dono de uma banca de jornal declarou que os próprios funcionários estavam preocupados com o cheiro de gás e que o cozinheiro tinha conhecimento do vazamento de gás. Ou seja, o pessoal do restaurante sabia que apesar da proibição eles utilizavam cilindros de gás. E o maior responsável pela tragédia é a prefeitura que não fiscalizava? O dono da banca de jornal, as lojas ao lado do restaurante, os funcionários do restaurante, os clientes que lá almoçavam, nenhum deles nunca pegou um telefone e fez uma denúncia anônima para a fiscalização, informando que o local comportava cilindros de gás. O dono do restaurante entrava com os cilindros de gás no local, mas a maioria considera isso apenas o “jeitinho brasileiro” e a responsabilidade pela descoberta desta infração cabia à fiscalização. Enquanto não acontecia nada, tudo bem, deixa pra lá. No momento que ocorre mortes, a grita geral é contra a fiscalização municipal e não contra o ato irregular do dono do restaurante. A manchete do jornal deveria ser: Por desrespeito à lei, explosão em restaurante deixa mortos e feridos.

Só mais um caso... um motoqueiro morreu após passar sobre um cabo de alta tensão da Cemig, que se rompeu devido à tempestade da última terça-feira. Não há uma explicação detalhada sobre o acidente com o motoqueiro. As informações são de que ele passou sobre o cabo, mas eu fiquei confuso, pois ele estava na moto e os pneus servem como isolantes. Acredito que ele passou ao lado e não sobre o cabo, ocorrendo então o contato do cabo com as partes metálicas da moto. Uma morte muito triste, horrível mesmo. Mas a manchete de um dos jornais diz sobre... a DEMORA da Cemig em atender aos chamados de emergência e associa a isto a causa do acidente. Ouve as pessoas indignadas que dizem que... a Cemig demorou mais de 2 horas para atender ao chamado. Uma senhora diz que tão logo viu o cabo rompido, passou a alertar as pessoas que por ali transitavam aos gritos e que ligou para a Cemig imediatamente. Mas que eles só apareceram mais de 2 horas depois. Longe de mim querer defender a Cemig, eles não precisam, têm os melhores advogados à disposição. Mas, convenhamos, a tempestade que caiu na tarde de terça-feira causou transtornos por toda região metropolitana com quedas de árvores, de fiação, de estouro de caixas transformadoras, etc, etc. A esposa do motoqueiro ainda pediu que ele não saísse, devido à tempestade. Mas, ele saiu assim mesmo. Não viu, ignorou, e infelizmente passou pelo cabo de alta tensão e morreu. E lá vamos nós com as responsabilidades divididas... foi culpa da Cemig. Deviam culpar também São Pedro, que mandou a forte tempestade que rompeu o cabo.

Respeite as leis e evite acidentes.
Respeite as placas de trânsito (pedestres e motoristas).
Não beba se for dirigir e não dirija se bebeu.
Economize água, energia, papel, etc. O planeta agradece.
Reclame menos e respeite mais as leis.
Não dê um “jeitinho” nas coisas. Siga as determinações específicas.


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