segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

As lendas da internet

- Você não vai ganhar notebook Ericsson se mandar e-mails para os amigos. A Ericsson não fabrica notebooks.
- Na época de Natal você não vai ganhar Cesta de Natal da Nestlé ou da Cacau Show se mandar e-mails para os amigos. Essas empresas iriam à falência se distribuissem cestas de Natal de graça.
- O fim do 13º Salário não está tramitando na Câmara dos Deputados, nem no Senado e nem está sob avaliação da presidente. Houve uma tentativa de mudança na CLT que não foi aprovada e este projeto está arquivado há mais de 10 anos.
- Não existe mais a engraxataria da Câmara dos Deputados. Ela foi extinta em 2003.
- Não foi Lula, nem o PT os criadores do Auxílio Reclusão. Este auxílio data de 1991. Não é todo criminoso que tem direito a este auxílio, somente os que contribuíram com o INSS nos últimos 12 meses antes de ser preso.
- Regina Brett realmente escreveu 45 Lições de Vida, mas ela não tem 90 anos.
- Não existem locais na Amazõnia com bandeiras estrangeiras hasteadas.
- O livro norteamericano que some com a Amazônia do mapa é uma bela montagem.
- Não existem drogas absorvidas simplesmente pela pele. É necessário a ingestão ou a inalação de grande quantidade de droga para desacordar uma pessoa.
- Nenhum site ou provedor de e-mail vai pagar por repasse de e-mail. Correntes que mostram crianças doentes e dizem que o repasse do e-mail doará dinheiro é mentira. Os provedores de e-mail não têm como contar e-mails repassados e não patrocinam este tipo de corrente.
- O roubo de rins é uma das lendas urbanas mais divulgadas, devido ao filme Lendas Urbanas.
- Bancos nunca mandam atualização de segurança para seu e-mail.
- Você não receberá dinheiro por repassar e-mails da Microsoft.
- A CNN não vai noticiar o maior vírus já criado. A recomendação é jamais abrir anexos .exe entre outros, mas a maioria dos alertas de supervírus são falsos.

Esteja atento às lendas da internet.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Observando: restaurante...

Almoço no mesmo lugar desde que iniciei o meu novo trabalho, próximo à Praça da Estação. São mais de três anos almoçando em um restaurante da Rua Caetés. Neste tempo, o restaurante já mudou de dono e muitas garçonetes já passaram por ali. Eu não sou um dos melhores clientes, almoço pouco e não bebo nada. Apenas sou um cliente fiel. Gosto do restaurante devido a possibilidade de sentar em mesa única, sem necessidade de dividir a mesa com outras pessoas. Eu gosto de almoçar sozinho, calma e tranquilamente. As garçonetes mais antigas já me conhecem e sequer se aproximam quando estou almoçando. Mas, sempre tem as novatas, que precisam mostrar serviço e perguntam:
- Você vai beber alguma coisa?
- Não! - eu respondo, invariavelmene.
Elas não desistem e no outro dia estão perguntando novamente e recebendo a mesma negativa. Após o terceiro ou quarto dia elas desistem e me deixam almoçar em paz. Algumas vezes já percebi as garçonetes mais velhas rindo das novatas.
Algumas das garçonetes souberam que eu era surdo (ou que eu sabia conversar com os surdos), quando o colega, Marcos, sentou-se numa mesa diante de mim e conversamos um pouco, em Libras, claro. Mas, o Marcos mesmo disse que não almoçava ali não, que estava apenas acompanhando a esposa, que trabalhava ali pelo centro. Não são muitos os clientes fixos como eu. Tem um velhinho que sempre está sorrindo com as garçonetes. Ele é alegre. Para as garçonetes eu devo ser o oposto dele, turrão e carrancudo. Mas, duas delas já me atenderam (pedi água para tomar comprimido) e, apesar de sério, eu as tratei com muita educação, não esquecendo de agradecer. Estas duas veteranas, vez ou outra passam pela minha mesa e quando percebem que sou eu, riem:
- Você não vai querer nada não, né?
É legal ver as crianças satisfeitas com a novidade de almoçar fora de casa. De mães (e alguns pais) dedicados, limpando a boca dos filhos, insistindo para que comam mais do que as batatas fritas. Do casal de velhinhos que ainda almoçam juntos, mesmo que calados. Da moça que fica puxando a calça a todo instante, temendo que a calcinha esteja aparecendo. Do rapaz orgulhoso conduzindo a namorada. Os estudantes e funcionários que pedem às garçonetes para preparar marmitex. Dos grupos de trabalhadores das lojas próximas, Ricardo Eletro, Casas Bahia, Rede, etc, que sentam nas mesas de quatro lugares, almoçam e conversam animadamente. Ou dos clientes como eu, que preferem sentar isolados e almoçar sozinhos.
E os raros momentos quando alguma das garçonetes consegue arrancar um sorriso meu.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Não era a hora...

Flagrantes incríveis...
Muita adrenalina.



Eu já relatei que uma vez uma ambulância quase me atropelou na Avenida Afonso Pena. O sinal estava verde para pedestres e eu atravessava tranquilamente. No mesmo instante que percebi estar atravessando sozinho, o motorista da ambulância piscou os faróis. Creio que ele e a pessoa do lado eram paramédicos, e percebendo que eu continuava andando, apesar da sirene, advinharam que eu tinha algum problema (isto se um deles não gritou "o cara é surdo!") e piscou os faróis. A adrenalina é algo que nos faz tomar a decisão certa em momentos cruciais, como os do vídeo. Quando a ambulância piscou os faróis eu sabia de imediato que um carro em alta velocidade vinha em minha direção. Não deu tempo nem de olhar, foi algo de segundos. Tudo que fiz foi dar mais um passo à frente e parar justamente na faixa branca da pista, que delimita um dos quatro corredores da mão direita da Avenida Afonso Pena. A decisão foi não correr, não pular, não retroceder. Fiquei estático na faixa branca, sabendo que o veículo passaria diante ou atrás de mim. A ambulância passou em altíssima velocidade a um palmo do meu nariz. Eu só fui saber que era uma ambulância depois que ela passou e eu olhei e vi o número 192. Meu coração deve ter chegado aos 200 batimentos cardíacos. O que me salvou foi o motorista ter piscado os faróis e eu não entrar em pânico. E também o fato de ser noite. Realmente, não era a hora ainda...

sábado, 7 de janeiro de 2012

Observando: ônibus.

Sou observador por natureza. Sequer fico entediado no ponto de ônibus, porque fico observando tudo em derredor.
Todo dia vou e volto do trabalho de ônibus. Observo os passageiros que sempre pegam o mesmo ônibus que eu, praticamente no mesmo horário. Nos dois horários que costumo pegar o ônibus, alguns passageiros estão sempre presentes.
A moça da ótica, o cara da Telemont, o vendedor da Honda, a atendente do laboratório. Estes pegam o ônibus já uniformizados, assim como o policial militar, a enfermeira e o bombeiro militar.
Acompanhando estas pessoas no dia a dia, a moça que aparenta gravidez em seu estágio inicial, mês a mês vai se transformando, até não poder mais passar pela roleta devido ao barrigão. Depois de nove meses ela some; está em licença maternidade. Quando ressurge, é um espanto. Não tem mais aquela barriga enorme, o físico volta a ser o mesmo de antes. Algumas vezes até aparecem pegando o coletivo com o neném.
Uma loira alta sempre cumprimentava o trocador e eu percebia a expressão sincera e feliz. Eu leio muito as expressões faciais. A surdez acaba por nos tornar experts em expressões faciais. Ela era casada, sorridente, tranquila. Há pouco mais de seis meses eu percebi que o bom dia que ela desejava ao trocador já não era mais acompanhado da expressão sincera. Uma sombra de tristeza pairava sobre os olhos dela. E observando e observando, percebi que o dedo anular da mão esquerda só tinha a marca da aliança. Ela se separou e não transmitia mais a alegria de antes. Até hoje eu a vejo no ônibus, mas a expressão sincera e feliz de antes nunca mais retornou. O dedo da mão esquerda já não permite mais saber que ali havia uma aliança de casamento. Alguns amores são capazes, realmente, de transformar as pessoas.
Não converso com os passageiros. É muito complicado conversar com estranhos no ônibus, sendo surdo. Na maioria das vezes que respondi a algum início de conversação com um "desculpe, eu não escuto", encerrei toda animosidade para conversar. É triste, mas as pessoas ainda não sabem como lidar com os surdos, não sabem como entabular uma conversação.
Os estudantes do Colégio Estadual voltam para casa neste ônibus, fazendo algazarra nos bancos traseiros.
Alguns inconvenientes são os passageiros que sentam abrindo as pernas, como se o ônibus fosse exclusividade deles. Eu reclamo, abro as pernas também, já disse uma centena de vezes "por favor, poderia respeitar o espaço do meu assento?". Fico penalizado com algumas mulheres, que viajam ao lado destas pessoas e vão encolhidas, algumas totalmente viradas para o corredor do ônibus. É uma situação muito chata mesmo. As únicas pessoas que ocupam o espaço do meu assento e eu não reclamo, são os gordos. Muitos gordos se encolhem para não incomodar o passageiro do lado, mas os assentos dos ônibus não comportam o biotipo deles. Se eles sentarem normalmente acabam incomodando o passageiro do lado.
Na maioria das vezes os ônibus reunem pessoas que se respeitam, se ajudam e procuram dividir em paz este espaço público.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Feliz Ano Novo!

2012 de muita paz e realizações.
Aqueles que aqui me acompanham, felicitações especiais.
Após as festividades, com o corpo recuperando o ritmo normal do dia a dia, volto a contar os meus "causos".

Feliz
2012!