terça-feira, 30 de agosto de 2011

William Bonner confunde careca de repórter na Líbia com capacete...

Eu demorei a entender o que estava ocorrendo, porque a maioria dos sites só fornecia o vídeo, sem explicar exatamente o que Bonner estava falando. No site da rede globo a parte em que W Bonner se confunde já foi suprimida (claaaro!). Mas, no youtube a gafe está corretamente explicada, bem como em sites da concorrência. No momento em que chama Marcos Uchôa ao vivo, Bonner diz: "Boa noite, a gente vê que você está usando um capacete....". É o momento que a Fátima quase quebra o pescoço fitando o marido e exclamando: "Capacete??? Não, ele não está usando capacete!". Bonner então contorna a situação chamando a atenção do repórter por não estar usando capacete. Isto ocorreu no dia 25 de agosto.


No dia seguinte, 26 de agosto, o repórter entra ao vivo todo paramentado.
 Mas aí já era tarde e a blogosfera já estava tirando o maior sarro com a gafe.
"W Bonner chama Marcos Uchôa de "Cabeça de Capacete"
"W Bonner confunde a careca de Marcos Uchôa com capacete"
"Fátima Bernardes corrige Bonner ao vivo:"Não, querido, ele não está usando capacete! O que você está vendo é a careca dele!"

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Crianças sem preconceito (2)



Discordo de uma ou outra coisa da bandeira dos gays hoje, mas sempre mantive o respeito. Tenho amigos gays, convivo com todos numa boa. Inclusive relato em Meus Tempos de Jornaleiro a ajuda de um amigo gay. Infelizmente, muitas pessoas são contra, não contra algo que eles almejam, como por exemplo, o casamento, e sim, contra a opção sexual dos mesmos. E um pai já foi agredido, covardemente, por estar abraçado ao filho! Foram confundidos com um casal gay. Muito triste, isso!
Uma coisa que discordei mesmo, foi a zombaria aos símbolos religiosos. Ora, se os gays desejam realmente conquistar o apoio da sociedade, não vão conseguir atacando justamente símbolos cristãos em um país tão religioso como o Brasil. Acredito que a luta é válida, mas não há necessidade de conquistar as coisas ofendendo. Não considerar os anseios para mudar a visão preconceituosa da sociedade como uma guerra.
Assim como o garotinho do vídeo, que ao final diz que "se eles quiserem, podem vir jogar com ele", acho que a sociedade acabará dizendo isto também: "se quiserem, caminhem com a gente, mas que o respeito seja recíproco".

Crianças sem preconceito (1)

O garoto tem como heróis os... garis!! As crianças não têm nenhum preconceito contra profissões pouco valorizadas, mas muito importantes no nosso dia a dia.
O Boris Casoy é que vai dar o maior chilique ao saber disso.
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Nada de super-heróis, astros de cinema ou personagens de games. A engenheira Delasávia de Barros, 34, disse ter feito um verdadeiro périplo por Belo Horizonte para tentar encontrar nas casas especializadas em decoração de festas infantis um tema que contemplasse o universo dos garis e catadores de lixo.
Tudo para atender a um desejo do filho, Petros de Barros, 4, o de que a festa do seu quarto aniversário, comemorado em 16 de julho, tivesse a decoração inspirada no ambiente de trabalho de garis e lixeiros.
Delasávia revelou ter ficado aflita porque nenhuma empresa especializada em festa infantis consultada quis confeccionar a decoração com o tema sugerido. Segundo ela, a alegação dada foi de o material não teria a menor chance de ser locado novamente.
“Eu não encontrava nada. Pesquisei na internet. Tivemos que ir buscando ideias alternativas e foi uma dificuldade muito grande porque precisamos fazer ou mandar fazer tudo”, afirmou a mãe, que disse ter tentado convencer o filho desistir da ideia, mas, no fim, rendeu-se ao desejo do menino.
“A ideia partiu dele, e não consegui convencê-lo a mudar de opinião de forma alguma. É uma paixão desde os dois anos e meio de idade. Eu pergunto o que ele quer ganhar de Natal, por exemplo, e a resposta é um caminhão de lixo”, disse a mãe, moradora do bairro São Lucas, região leste de Belo Horizonte.
No dia do aniversário, o pai, Rudá de Barros, 48, e o garoto foram fotografados com uniformes semelhantes aos que os garis usam diariamente. “Os convidados ficaram surpresos, ainda mais ao verem os dois vestidos como garis. E muita mãe me revelou que os filhos também são apaixonados pelos garis. Eu vi que isso é mais comum do que parece. Só que ninguém nunca teve a atitude de fazer.”
De acordo com a engenheira, a movimentação feita por garis e coletores de lixo fascina o filho. “Quando estamos na rua, de carro, temos que ir atrás do caminhão de lixo para ele ver a movimentação. Os garis têm uma alegria própria que acho ser o que ele mais gosta.”
Meias nas mãos para imitar luvas
Ela ainda disse que o menino imita o trabalho dos garis em casa. Ele espalha sacolas pela casa e as recolhe em seguida e deposita o material em uma cabana que foi transforma em um “caminhão de lixo”.
“Ele colocava meias nas mãos para imitar as luvas que os garis usam”, disse a engenheira. Segundo ela, o filho não vai abrir mão de comemorar do mesmo jeito o quinto aniversário.
Para o encarregado de serviços Carlos Alberto Rodrigues da Silva, 48, a homenagem feita pelo garoto emocionou a sua equipe. Silva coordena o trabalho de 64 garis.
“Tenho 31 anos de profissão e foi a primeira vez que vi isso. Achei muito legal o pai e o menino se vestirem de gari. Poucas pessoas dão valor à nossa profissão. É um reconhecimento. Todos os garis que trabalham comigo ficaram admirados. Eles gostaram muito e se sentiram homenageados e valorizados. Muito legal mesmo”, afirmou.
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Pode conferir lendo a matéria AQUI (Uol) e AQUI (Pbh).

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Moro, num país multirracial


Somos um país multirracial.


Em uma pesquisa publicada no site da BBC quase metade dos brasileiros, 49%, declarou que os imigrantes tornam o país mais interessante de se viver e outros 47% acreditam que a imigração traz benefícios econômicos para o Brasil.
A pesquisa foi feita em razão do terrorista norueguês, que disparou e matou mais de 70 pessoas, porque considera que a “invasão” multirracial é prejudicial ao país (dele). E o terrorista ainda escreveu muitos textos alardeando suas idéias preconceituosas. Citou o Brasil como exemplo de país que não deu certo, por culpa da miscigenação. Mas, eu acho que o Brasil deu certo justamente por causa disso. Não temos inimigos. Posso receber tranquilamente um chinês, um japonês, um russo, um palestino, um israelita, um africano, um muçulmano, etc, etc, todos com um abraço amistoso.
O preconceito nos outros países é tão grande que num primeiro momento o atentado na Noruega foi creditado a um muçulmano. Depois tiveram que revelar, envergonhados, que era um cidadão norueguês, fundamentalista cristão.
O racismo que temos no Brasil envolve muito mais a elite, que detesta a ascensão dos pobres, principalmente os negros. Mas, em outras esferas, o negro é plenamente aceito e respeitado.
E em relação à religião, convivemos pacificamente com evangélicos, budistas, protestantes, espíritas, etc, etc. Em São Paulo, por exemplo, encontra-se numa mesma rua, templos, igrejas católicas e igrejas protestantes. Pastores, padres e rabinos vez ou outra se encontram nas ruas e se tratam com o maior respeito.
Em Formiga, quando eu era pequeno escutava o pregador protestante nas noites de domingo. Eles tinham alto-falantes onde na Igreja Católica está o sino. Logo abaixo da Praça da Matriz de São Vicente Férrer, fica a Igreja Protestante. Lembro que meu amigo Tonho ficou amigo dos filhos do pastor e por tabela eu também andei junto com eles uns tempos.
Isso é muito bonito, porque em outros países, além do preconceito contra os imigrantes, há o preconceito contra as demais religiões.
Gosto deste meu Brasil e sinto orgulho de poder dizer que não, não tenho etnia pura, sou uma mistura de índio, africano e europeu. Um médico japonês cuidou de mim, quando criança; um outro, espírita, deu alguns pontos no meu pé; o português é dono da padaria aqui do meu bairro; já tive um espanhol como chefe e um monte de turco já passou pelo meu viver. Temos o hábito de chamar de turco os árabes e os libaneses. Eles só acham graça e continuamos todos amigos. Os argentinos são inimigos somente no futebol. No meu Cruzeiro Sorin foi ídolo. Hoje tem o Montillo. Eu só torço contra a Seleção Argentina mesmo. Falando de futebol, o nosso também é multirracial. A Portuguesa e o Vasco foram fundados por portugueses, o Cruzeiro e o Palmeiras, por italianos. Em São Paulo há grandes comunidades: japonesa, italiana, libanesa. Quando há jogos da Copa do Mundo, sempre surgem reportagens com os torcedores de praticamente todas as outras seleções.
Porque este país recebe de braços abertos todos os imigrantes.
Eu tenho muito orgulho disso!!

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Um amor de meia hora


A garota sentou-se do meu lado no banco da praça:
- Por favor, finja que foi um antigo amor meu. Meu namorado chegará em instantes e ele disse... ele disse.. que é o único homem que me ama e que outro homem me amaria somente por interesses financeiros...
Fitei a garota bem vestida, com os olhos vermelhos, lacrimejando. Ela tinha um leve defeito na face, o lado direito do lábio era repuxado, causando uma estranha impressão de contrariedade. Anéis e pulseiras, colar e roupas de grife. Era uma garota de classe alta, claro. Ainda que eu fosse leigo, sabia que o colar que ela usava não era bijuteria.
- Por favor...
- Tudo bem, garota.
Ela devia ter uns 28 anos. Acredito que no desespero, nem percebeu que eu já era um quarentão. Mas, não havia mais tempo para considerações sobre idade diferenciada, pois percebi logo que o jovem que se aproximava de nós era o namorado dela. Elegante, de terno, carregando uma pasta 007. Provavelmente, advogado.
- Acredite, querida. Se você acha mesmo que é o fim da linha para nós, tudo bem, terei que aceitar numa boa.
- An... an... antes que... quero te a... a... apresentar m... m... meu ex-na... na... namorado.
O jovem arregalou os olhos. Fez uma análise de alto a baixo e pelas minhas roupas percebeu que eu era classe média baixa e foi logo destratando:
- Bom, eu disse que outra pessoa só gostaria de você por interesse financeiro...
- Rapaz, eu... – de imediato ponderei que não sabia o nome da garota – Jonah, amei muito esta garota e não foi por interesses financeiros.
O jeito que eu pronunciei meu nome alertou a garota e ela, muito esperta, sacou que não nos apresentamos.
- Para você ver, Carlos... Eu, a sua querida Janaína, não fico me vangloriando de amores passados.
- Jovem, Janaína foi um amor lindo, mas complicado, devido a diferença de classe. E também a diferença de idade. Mas, mais do que dinheiro, beleza, status social, Janaína demonstrou ser uma pessoa altruísta, inteligente e sensível. Soube apreciar o outro lado da vida, a conviver com pessoas de nível social inferior, a participar comigo de projetos de ajuda aos necessitados. Ela demonstrou que o amor não é somente criar uma redoma em volta de duas pessoas e sim participar dos momentos de um e outro.
Tanto a menina quanto o jovem me fitavam espantados.
- Sendo mais velho, fui muito carinhoso com Janaína, pois a impetuosidade e a correria da juventude muitas vezes mais atrapalham do que ajudam. Ela me amou tanto quanto eu a amei. Enfrentamos o preconceito que você destilou ao chegar; o fato de eu ser pobre e ela rica. Ela abdicou de muita coisa para estar do meu lado.
- Ah, que história!! Estou vendo que você usa aliança. Casou e não foi com ela!!
- Sim, para você ver que não havia interesse financeiro de minha parte.
- E porque não ficou com ela?
Eu ri,ganhando tempo para pensar no que dizer. Raciocinei rápido.
- Por sua culpa! Ela me dispensou assim que soube que estava balançando entre eu e você. Ela foi honesta comigo e me disse a verdade. Em nenhum momento tentou me enganar, me iludir. Nem me deixar na reserva, caso não desse certo entre vocês dois. E por isso a amei mais ainda. Eu a admiro muito por isso. Portanto, jovem, fique esperto. Pessoas como a Janaína são muito difíceis de encontrar.
Nenhum dos dois disse qualquer coisa. Ambos me fitavam estarrecidos. A menina ainda mais que o rapaz.
- É só. Adeus!
Fui me afastando sem olhar para trás.
- Jonah!!
Voltei-me e vi a garota correndo para mim. Ela me abraçou, chorando:
- Jonah, muito obrigada! Sabe... eu gostaria muito que fosse verdade tudo isso que você inventou.
- Na verdade, Janaína, o amor nos envolveu neste momento de uma forma pura e singela. Vá e seja feliz com seu garoto.

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Grande jornal dos mineiros ou de partido político?

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Muitas vezes comento os despropósitos da imprensa. Principalmente contra o Governo Federal. Muitas pessoas acreditam que isso é choro de partidário, que o jornal deve noticiar mesmo qualquer desmando do governo. Nunca discordei disso. O que reclamamos é a seletividade midiática em relação a quem acusar e ao que noticiar. Se é contra o PT, manchetes garrafais. Se é contra o PSDB uma notinha no pé da página ou NADA. A maior prova do que digo é o jornal Estado de Minas de hoje, quinta-feira, 04 de agosto. Ontem houve uma manifestação dos professores estaduais em greve, que reclamam da esperteza do Anastasia, que considera tudo o que recebem como piso, quando o próprio STF já julgou e declarou que piso é uma coisa e os benefícios advindos do tempo de serviço é outra. Os professores estão em greve desde junho, paralisação que afeta milhares de alunos, mas a greve é quase ignorada pela mídia. A manifestação de ontem praticamente parou o centro de BH. Mais de 2.500 professores se reuniram em frente à Igreja São José. Sabe o que o jornal Estado de Minas publicou em sua capa sobre esta manifestação? Nada! Nem uma linha sequer. Não sei se no corpo do jornal foi noticiado, mas como chamada de capa, não. E não venham com a desculpa esfarrapada de que o jornal fecha os cadernos cedo. A manifestação ocorreu a partir de 18:00 h. Os blogueiros que vivem a contestar a mídia já denunciaram diversas vezes: quando Aécio era governador, nenhuma linha, nenhuma mesmo, foi publicada contra o governo no jornal Estado de Minas. Atualmente, Anastasia conseguiu a mesma coisa. Nada é publicado contra seu governo (PSDB). Aécio já senador, pego em blitz no Rio de Janeiro, com carro de rádio pertencente à família, com carteira vencida e recusando soprar o bafômetro, também não teve chamada de capa. Por isso mesmo há anos deixei de comprar este jornal. Porque, o slogan deste jornal está para ser modificado brevemente: "O grande jornal dos mineiros" passará a ser chamado de "o grande jornal do PSDB". É brincadeira... mas é verdade!!