sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Retrospectiva do PIG em oito anos

A má vontade da imprensa e de colunistas com o governo Lula produz as maiores gafes jornalísticas. Para eles nada, mas nada mesmo, que o governo Lula fez tem algum valor.
Se você ler somente as manchetes dos jornais pensará que o Brasil é o pior país do mundo, que não dá para viver aqui, tantas são as coisas horríveis que o governo Lula faz.
Venhamos e convenhamos... o governo Lula tem seus erros e acertos. O problema é que a mídia não reconhece nenhum, unzinho só, dos acertos do governo. Um pequeno exemplo é o Estado de Minas de terça-feira, 28 de dezembro de 2010. Veja a manchete principal e dê só uma olhadinha nos destaques à esquerda...entre três notícias boas e uma ruim... manchete para a ruim.

Clique para ler no blog da Maria Frô, a compilação das frases.
É o blog que tem a compilação mais completa.

E Feliz Ano Novo! 2011 de muita paz, saúde e prosperidade.

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Descontração de fim de ano

Estas são as mais famosas frases ditas antes de morrer:

"Atira se for homem!"
"Atravessa correndo que dá."
"Ah, não se preocupe, o que não mata, engorda"
"Fica tranquilo que este alicate é isolado"
"Sabe qual a chance de isso acontecer? Uma em um milhão"
"Essa camisa do Palmeiras não é minha não....eu sou corinthiano como vocês..."
"Adoro essas ruas pois são super tranquilas"
"Tem certeza que não tem perigo?"
"Meu sonho sempre foi saltar de para-quedas. E neste instante vou realizá-lo. E eu mesmo o dobrei!"
"Aqui é o PT-965 decolando em seu primeiro vôo solo"
"Confie em mim"
"Aqui é o piloto. Vamos passar por uma ligeira turbulência"
"Capacete? Imagina, tá calor"
"Eu sempre mudei a temperatura do chuveiro com ele ligado. Não ia ser hoje que alguma coisa iria acontecer"
"Deixa comigo"
"Desce desse ônibus e me encara de frente, sua bicha!"
"Você é grande mas não é dois!"
"Vamos lá que não tem erro"
"Pode mexer. É Pitbull, mas é mansinho"

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Papai Noel já virou mau exemplo...

Alguns cientistas não têm mais o que fazer. Resolveram analisar... o Papai Noel. E as análises chegam a conclusões estarrecedoras. Resumindo: Papai Noel causa medo às crianças menores de 5 anos; é uma farsa de rosto infantilizado para causar empatia e barba e cabelos brancos para transmitir sabedoria; em relação à saúde ele é culpado de ser um mau exemplo para a sociedade, porque ele é... obeso. Países que mais veneram Papai Noel têm os maiores índices de obesidade infantil.
Inacreditável!
Nunca, em minha feliz infância, comi um doce a mais devido ao "mau exemplo" da figura obesa do Papai Noel. Crianças obesas, em sua maioria, derivam de descontrole alimentar. Não sou expert em coisa alguma, mas crer que uma imagem de gordo vai fazer uma criança comer mais do que deve, é de amargar. Meus filhos não são obesos e quando crianças, em todos os Natais, estiveram expostos ao "mau exemplo" do Papai Noel obeso.
Quanto ao terror, são muitas as fotos que mostram que os pais das crianças insistem que elas tirem fotos junto ao Papai Noel. Ora, qualquer pai aí sabe que crianças menores de 6 anos, em sua maioria, detestam sentar em colo de estranhos. Ainda mais de um velhinho bonachão, todo de vermelho, com barba e cabelos longos, onde mal se consegue perceber características da face. Já as crianças com mais idade, acham aquilo uma "babaquice", mas dão um sorriso maroto para agradar os pais. E, sim, tem aquela molecada que adora Papai Noel, gordo, magro, feio, bonito, parente disfarçado ou estranho caracterizado.
Lembro que eu acreditei em Papai Noel até os 7 anos, mais ou menos. Na minha época não recebíamos essa avalanche de informações que a criançada recebe hoje. Não havia tv no meu dia a dia. Crianças brincavam com outras crianças e não ficavam escutando conversas de adultos. Hoje, as crianças são bombardeadas pela tv e internet. No momento que começam a ter noção da realidade, percebem logo que Papai Noel é só aquele cara fantasiado do shopping.
A matéria do site G1 - Globo, você pode ler, clicando AQUI.
Se desejar ver somente as fotos das crianças aterrorizadas com Papai Noel, clique AQUI (as fotos estão no Chicago Tribune e você tem que clicar na imagem para visualizar as outras).
São fotos do livro "Scared of Santa – Scenes of terror in toyland" (Harper Collins, 2008, inédito no Brasil) – em tradução livre, “Assustados com Papai Noel – Cenas de terror na terra dos brinquedos”.
Antes que o Papai Noel apareça magrinho...
Feliz Natal para todos!

Flagrantes de BH (3)

Nossa BH, não tem praia, mas tem os jatos d'água da Praça da Estação!

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

O Projeto de Lei Complementar 277/05

O Projeto de Lei Complementar 277/05 trata da aposentadoria especial para deficientes. São muitos os meus amigos deficientes que dia sim, dia não, mandam e-mail perguntando se já podem se aposentar. A todos eu esclareço que não basta ser deficiente, é necessário um tempo de contribuição com o INSS. A vantagem da Lei é a redução no tempo de contribuição, de acordo com a deficiência, se leve, moderada ou severa (grave).
Quando eu ainda estava na diretoria da cooperativa, enviei sugestões ao então Deputado Federal, Leonardo Mattos, o autor da Lei; e divulguei maciçamente este PL. Leonardo Mattos é um dos poucos políticos portadores de deficiência que deu atenção aos surdos. Nnormalmente um político cadeirante dá atenção específica aos cadeirantes, um político cego, aos deficientes visuais. Os surdos nunca tiveram um representante político surdo; todos que se candidataram, perderam.
Eis as últimas informações sobre o PL 277/05:
"15 de abril de 2010 - Os trabalhadores com deficiência no Brasil deram mais um passo para alcançar o direito da aposentadoria especial. Na noite de quarta-feira (14/04), às 22h15min, a Câmara dos Deputados aprovou por unanimidade (385 deputados presentes) o Projeto de Lei Complementar 277/05, que permite a redução do tempo de contribuição dessas pessoas à Previdência Social. “Este projeto é um dos mais importantes para a vida do segmento. Com sua aprovação vamos melhorar, consideravelmente, a qualidade de vida das pessoas com deficiência”, afirmou o autor da proposta ex-deputado federal, vereador Leonardo Mattos (PV).
O Parlamentar agradeceu o empenho do presidente da Câmara, Michel Temer, que conseguiu fazer com que 385 deputados estivessem presentes na votação.
Segundo Mattos, atualmente existem milhares de deficientes trabalhadores, os quais enfrentam diversas dificuldades diariamente, pois o trabalho é uma situação nova para o segmento. Além disso, por causa do impacto da vida laborativa e do desgaste físico que o trabalho acarreta, muitos deficientes se sentem na obrigação de aposentarem-se prematuramente por invalidez, pois não têm o tempo de contribuição nem a idade exigida pela legislação.
“As pessoas com deficiência merecem este beneficio e seria irresponsabilidade de nossa parte se não o concedermos”, destacou Leonardo Mattos.
O Projeto
De acordo com a proposta aprovada, os deficientes poderão contribuir segundo o grau de deficiência. No caso de leve serão 30 anos de contribuição para homens e 25 anos para mulheres; Para a moderada, 27 anos para os homens e 22 anos para as mulheres (três a menos que a regra atual). Já se a deficiência for grave, a redução será de cinco anos: 25 anos para o homens e 20 anos para a mulheres.
A aposentadoria por idade também poderá ser requisitada com cinco anos a menos que a idade exigida atualmente, de 65 anos para homem e 60 para mulher. Ambos deverão ter contribuído por um mínimo de 15 anos.
Um regulamento especificará o grau de limitação física, mental, auditiva, intelectual ou sensorial, visual ou múltipla que classificará do segurado como pessoa com deficiência. O regulamento também definirá em que grau (leve, moderada ou grave) cada deficiência será enquadrada.
Em todos os casos, o grau de deficiência será atestado por perícia médica do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) a cada cinco anos.
O texto aprovado foi uma emenda apresentada ao projeto original e segue agora para o Senado."

Site do, hoje, Vereador Leonardo Mattos. Clique AQUI.
O texto acima foi extraído desta página. Clique AQUI.

domingo, 5 de dezembro de 2010

Meus tempos de jornaleiro - O marinheiro

O Cláudio apareceu na banca apoiado em muletas, para comprar o jornal de domingo. Ele tinha uma amputação na perna direita, logo abaixo do joelho. Posteriormente, aparecia para comprar cigarro picado. Ficou espantando quando soube que eu era surdo. E tempos depois disse que ficou satisfeito por eu ter perguntado logo:
- O que houve com sua perna?
- Eu tive um ferimento e como sou fumante inveterado, ele não cicatrizou. Gangrenou e teve que amputar. Por causa do cigarro mesmo!
- E você continua fumando.
- Agora também não importa mais.
Ele era marinheiro. Morava em Campos, RJ, e vivia em navios e no mar. Essa era a vida dele. Contava casos da marinha, dos navios petroleiros, com entusiasmo. Como o navio demorava para fazer uma curva. Ele contava, rindo, que era tranqüilo, uma tempestade em alto mar, devido a segurança do navio.
Mas, ele demonstrava uma amargura muito grande pelo revés causado com a amputação. Talvez por isso se tornou um bom amigo. Ele percebeu que em épocas diferentes, enfrentamos quase o mesmo dilema. Eu lhe contei que houve uma mudança muito brusca no meu viver, a partir do momento em que acordei surdo no hospital. Mas, que graças a Deus, eu consegui superar todas as dificuldades e... foi com esta frase que iniciamos longos debates sobre religião. Porque ele disse que não acreditava mais em Deus, não tinha como. Que ele era muito religioso, mas considerava a religião uma enganação mesmo!
- Você pediu a Deus que não amputassem sua perna, certo?
Ele me olhou surpreso e riu:
- Eu não disse isso...
- Mas, chego a esta conclusão devido ao fato de que, quando estamos em situação de extrema dificuldade, costumamos buscar a Deus, ao contrário dos momentos em que estamos bem, que sequer lembramos de agradecer. Aí vem o problema, que é o fato de Deus não atender o que pedimos. Para muitos é assim mesmo, se somos atendidos, estamos com Deus, mas se Ele não nos atende, então Ele é o culpado.
- Sim, eu pedi muito a Deus que não me amputassem a perna. Minha vida era a marinha. Mas, Deus não existe, é apenas uma ilusão vendida pelas igrejas, todas as igrejas.
Foram muitos e muitos debates sobre religião, Deus, Cristo. Ele estava na casa da irmã dele, próximo à banca. E quase todos os dias aparecia na banca, comprava cigarro picado e conversava muito comigo. Aprendeu o alfabeto manual; e eu, como bom “ouvinte”, era uma espécie de terapia para ele. Me contava quase tudo que o envolvia: o benefício do INSS pela invalidez, a possibilidade de usar uma prótese, o filho que tinha em Campos (era separado); familiares de Goiás, que ele visitava de vez em quando, entre tantos outros fatos relevantes.
Um dia apareceu com a prótese; ainda de muletas. Explicou que estava se adaptando, que ainda tinha muito medo de cair. Mas, que iria largar as muletas em breve. Já não era mais o marinheiro carrancudo, que mal sorria. Ria de nossos debates e lembro da vez que estávamos, novamente, discutindo religião:
- Bom, você diz que Deus não existe. Vamos retrocedendo, para termos idéia de onde viemos, de como tudo surgiu.
- Voltamos para a pré história, para o homídio, para os dinossauros, para a terra sem nada, vazia, para o mundo sem os planetas, antes do Big Bang, que é a teoria que acho mais plausível.
- E como ocorreu o Big Bang, Cláudio?
- Não havia nada... e a explosão de uma poeira cósmica deu início a tudo isso.
- Para causas e efeitos é necessário uma reação, certo?
- Sim, e daí?
- Daí que eu pergunto: quem jogou esta poeira cósmica que começou tudo? – e fiz o gesto de quem joga algo para o alto.
Ele riu, ficou sem resposta. Reconheceu que eu era um bom debatedor. Eu disse que tinha a vantagem de estar ali na banca, cercado de revistas que forneciam muitos ensinamentos, temas, teorias e opiniões.
Uns três meses antes de eu vender a banca, ele não aparecia mais frequentemente. Estava voltando a viver, outros interesses, mulheres. Planejava alguma coisa, para Goiás ou mesmo voltar para Campos, embora ele reconhecesse que voltar para Campos seria um martírio, ficar perto do mar, dos navios, daquilo que ele mais amou na vida.
Foram mais ou menos três anos que ele passou a conviver comigo ali na banca. E depois destes três anos ele estava seguindo outros caminhos. Somos todos passageiros... e um dia, o meu amigo marinheiro, também passou.

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

Reclamar com o Bispo... já não funciona mais atualmente.

Parece que nem reclamar com o Bispo adianta!
No meu post sobre política eu disse que enviei um e-mail à CNBB, reclamando da posição da Igreja Católica nas eleições deste ano. Foi um e-mail educado, questionando se esta é uma atitude correta, uma vez que a igreja anda perdendo fiéis e tem problemas muito mais sérios que ficar opinando sobre eleições.

Que triste! Já se vão dois meses e o Bispo não se dignou a responder meu e-mail. Site da CNBB - clique aqui.
Clicando em "Fale conosco" surge uma lista de e-mails. Pena que não respondem a pobres mortais insignificantes como eu.