segunda-feira, 31 de outubro de 2011

E o Brasil fica em 3° no Pan

Sempre foi muito difícil para o Brasil a conquista de medalhas. Quando um atleta ganhava alguma medalha, era uma choradeira só. Hoje, muitos apenas se emocionam, estão confiantes, não passam tanto sufoco para ganhar uma medalha como antes. Com o incentivo ao esporte, passamos a conquistar medalhas em muitas modalidades. O Brasil ficava para trás, não superava nem a Argentina, nem o Canadá, ao contrário de hoje, que ficamos atrás de Cuba, principalmente por causa do atletismo. Os EUA sempre dominaram as olimpíadas, só perderam duas, a primeira, que foi na Argentina e deu Argentina e a décima primeira, que foi em Cuba e deu Cuba (Cuba ficou à frente por causa de mais medalhas de ouro. No geral, os EUA ficaram em primeiro).
Neste Pan perdemos umas medlhas de forma dramática. O futebol feminino estava com o ouro até os 30 minutos do segundo tempo e depois de perder alguns gols, leva um gol bobo. Não consegue marcar na prorrogação e nos penaltis, lá se foi a medlhinha de ouro. O futebol feminino é um sofrimento sem fim. Não ganhou um mundial até hoje, perdendo umas partidas (e finais) para os EUA de forma incrível. Os rapazes do remo perderam a medalha por segundos... após liderarem toda a prova. A distância para o segundo colocado, Cuba, era enorme e mesmo assim, no finalzinho, os cubanos levam ouro por segundos... por um bico de canoa. Inacreditável.
Mas é muito bom saber que cada vez mais estamos avançando em diversas modalidades esportivas.
Engraçado a birra da globo com o Pan, devido a exclusividade da Record. Não deu destaque a nenhum medalhista, não quis mostrar nenhuma imagem (a Record distribuía 3 minutos de resumo do dia, para todas as emissoras, mas a globo recusou utilizar estas imagens, pois seria obrigada a inserir um "imagens cedidas pela TV Record").
Encerrando com chave de ouro, o maratonista Solonei da Silva, ex-lixeiro, ganhou a medalha de ouro na maratona. Deve estar matando o Boris Casoy de raiva pois, "do alto de sua vassoura", mostrou que o fato de ser lixeiro o auxiliou no esporte (ele se profissionalizou apenas há dois anos). E dedicou a medalha a todos os coletores de lixo do Brasil.
O Brasil fica em terceiro por causa do critério de classificação, que valoriza as medalhas de ouro. No total geral, o Brasil ficou em segundo. Parabéns a todos os atletas brasileiros, que honraram nosso país.

Clique AQUI para ver o quadro de medalhas completo.


terça-feira, 25 de outubro de 2011

Tenho orgulho de ser brasileiro

Os brasileiros acham que o mundo todo presta, menos o Brasil, realmente parece que é um vício falar mal do Brasil. Todo lugar tem seus pontos positivos e negativos, mas no exterior eles maximizam os positivos, enquanto no Brasil se maximizam os negativos. Aqui na Holanda, os resultados das eleições demoram horrores porque não há nada automatizado.
Só existe uma companhia telefônica e pasmem!: Se você ligar reclamando do serviço, corre o risco de ter seu telefone temporariamente desconectado.
Nos Estados Unidos e na Europa, ninguém tem o hábito de enrolar o sanduíche em um guardanapo - ou de lavar as mãos antes de comer. Nas padarias, feiras e açougues europeus, os atendentes recebem o dinheiro e com mesma mão suja entregam o pão ou a carne.
-Em Londres, existe um lugar famosíssimo que vende batatas fritas enroladas em folhas de jornal - e tem fila na porta.
-Na Europa, não-fumante é minoria. Se pedir mesa de não-fumante, o garçom ri na sua cara, porque não existe. Fumam até em elevador.
-Em Paris, os garçons são conhecidos por seu mau humor e grosseria e qualquer garçom de botequim no Brasil podia ir pra lá dar aulas de ‘Como conquistar o Cliente’.
-Você sabe como as grandes potências fazem para destruir um povo? Impõem suas crenças e cultura. Se você parar para observar, em todo filme dos EUA a bandeira nacional aparece, e geralmente na hora em que estamos emotivos..
-Vocês têm uma língua que, apesar de não se parecer quase nada com a língua portuguesa, é chamada de língua portuguesa, enquanto que as empresas de software a chamam de português brasileiro, porque não conseguem se comunicar com os seus usuários brasileiros através da língua Portuguesa. Os brasileiros são vitimas de vários crimes contra a pátria, crenças, cultura, língua, etc… Os brasileiros mais esclarecidos sabem que temos muitas razões para resgatar suas raízes culturais.

Os dados são da Antropos Consulting:
1. O Brasil é o país que tem tido maior sucesso no combate à AIDS e de outras doenças sexualmente transmissíveis, e vem sendo exemplo mundial.
2. O Brasil é o único país do hemisfério sul que está participando do Projeto Genoma.
3. Numa pesquisa envolvendo 50 cidades de diversos países, a cidade do Rio de Janeiro foi considerada a mais solidária.
4. Nas eleições de 2000, o sistema do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) estava informatizado em todas as regiões do Brasil, com resultados em menos de 24 horas depois do início das apurações. O modelo chamou a atenção de uma das maiores potências mundiais: os Estados Unidos, onde a apuração dos votos teve que ser refeita várias vezes, atrasando o resultado e colocando em xeque a credibilidade do processo.
5.. Mesmo sendo um país em desenvolvimento, os internautas brasileiros representam uma fatia de 40% do mercado na América Latina.
6. No Brasil, há 14 fábricas de veículos instaladas e outras 4 se instalando, enquanto alguns países vizinhos não possuem nenhuma.
7. Das crianças e adolescentes entre 7 a 14 anos, 97,3% estão estudando.
8. O mercado de telefones celulares do Brasil é o segundo do mundo, com 650 mil novas habilitações a cada mês.
9.Telefonia fixa, o país ocupa a quinta posição em número de linhas instaladas..
10. Das empresas brasileiras, 6.890 possuem certificado de qualidade ISO-9000, maior número entre os países em desenvolvimento. No México, são apenas 300 empresas e 265 na Argentina.
11. O Brasil é o segundo maior mercado de jatos e helicópteros executivos.

Por que vocês têm esse vício de só falar mal do Brasil?

1. Por que não se orgulham em dizer que o mercado editorial de livros é maior do que o da Itália, com mais de 50 mil títulos novos a cada ano?
2. Que têm o mais moderno sistema bancário do planeta?
3. Que suas agências de publicidade ganham os melhores e maiores prêmios mundiais?
4. Por que não falam que são o país mais empreendedor do mundo e que mais de 70% dos brasileiros, pobres e ricos, dedicam considerável parte de seu tempo em trabalhos voluntários?
5. Por que não dizem que são hoje a terceira maior democracia do mundo?
6. Que apesar de todas as mazelas, o Congresso está punindo seus próprios membros, o que raramente ocorre em outros países ditos civilizados?
7. Por que não se lembram que o povo brasileiro é um povo hospitaleiro, que se esforça para falar a língua dos turistas, gesticula e não mede esforços para atendê-los bem?

Por que não se orgulham de ser um povo que faz piada da própria desgraça e que enfrenta os desgostos sambando.

É! O Brasil é um país abençoado de fato.

Bendito este povo, que possui a magia de unir todas as raças, de todos os credos.

Bendito este povo, que sabe entender todos os sotaques.

Bendito este povo, que oferece todos os tipos de climas para contentar toda gente.

Bendita seja, querida pátria chamada

Brasil

A autoria do texto é creditada a uma holandesa ou a uma brasileira residente na Holanda. O texto é um spam positivo, perdeu sua autoria nos tantos repasses da internet. Mas, holandesa ou brasileira, quem escreveu o texto acertou no alvo: o brasileiro adora falar mal do seu próprio país. É um bom texto para resgatar a autoestima do brasileiro. Sempre gostei do meu país. Sempre tive orgulho de ser brasileiro. Hoje em dia estou mais orgulhoso ainda, porque o Brasil conquistou muitos avanços, políticos, esportivos e financeiros.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Vôlei feminino conquista medalha de ouro

O vôlei feminino sempre foi mais complicado. Enquanto os homens ou se consagravam facilmente ou perdiam numa boa, com as mulheres a história é diferente. Sem contar que nosso vôlei demorou a despontar no cenário mundial. Era quinto ou sexto, não conseguia nada melhor. Eu assisti a conquista da primeira medalha olímpica do vôlei feminino em 1996, bronze, porque o Brasil não conseguiu ir à final. Enfrentou Cuba na semifinal e perdeu no tie-break. (curiosamente nesta madrugada o Brasil ganhou a medalha de ouro no tie-break, contra Cuba). Naqueles anos, Ana Moser, Ana Paula, Fernanda Venturini, Márcia Fu, Vilma, Hilma e Leila eram as protagonistas. Eu conheci a jogadora Hilma, mineira, que era atleta do Minas Tênis Clube. Na época em que eu tinha a banca de revistas, as jogadoras do Minas Tênis Clube vieram disputar um jogo no clube perto da minha banca. E pararam para comentar a capa de alguma revista feminina. Das atletas, só reconheci a Hilma, a mais famosa, devido à seleção. Fiquei espantado com a altura de todas elas. Elas comentaram comigo alguma coisa da revista, eu disse que era surdo e foi justamente a Hilma que falou, mais devagar, com alguns sinais “deixa a gente ver uma reportagem da revista”. Bem que hoje eu teria coragem de perguntar como é a sensação de enfrentar as cubanas, que foram as maiores rivais do Brasil durante anos! As cubanas eram mestres em provocar as brasileiras, conseguindo desconcentrar as jogadoras mais “esquentadas”. Após um ponto, o normal é o jogador se voltar para sua equipe e comemorar. As cubanas, antes de se virarem, apontavam, faziam caretas ou encaravam e as brasileiras e riam. Atualmente, a rivalidade é só na quadra mesmo, não há mais aquele clima de guerra. As meninas do vôlei já me deram muitas alegrias e também uma tristeza enorme quando perderam a semifinal para a Rússia em Athenas, 2004. Eu e meu colega Elcio estávamos assistindo o jogo no trabalho e ficamos tão tristes que mal conseguimos voltar a trabalhar. O Brasil ganhava de 2x1 e no quarto set vencia por 24x19. Inacreditável, mas não conseguiu derrubar mais uma bola. A jogadora Mari foi considerada grande culpada da derrota, ela teve quatro chances de derrubar a bola e errou. Lembro do meu colega reclamando na hora:
- Mas, ela é ruim demais.
- Colega, ela não é ruim. O problema é que o time brasileiro não muda a jogada. Já são quatro bolas lançadas para ela ao invés de tentarem pelo meio.
Ele concordou comigo ao ver que o bloqueio russo ia direto para a ponteira.
Nessa madrugada o Brasil começou bem, ganhou fácil o primeiro set. Mas, o segundo foi das cubanas. O Brasil fez 1x0, Cuba empatou, o Brasil fez 2x1, Cuba empatou novamente. Tie-break de novo. Comecei a ficar apreensivo. As brasileiras costumam se descontrolar quando o jogo fica difícil. Foi assim no Grand Prix deste ano, perderam a final para os EUA, após terem vencido as norteamericanas com facilidade no decorrer da competição. O Brasil já tinha vencido Cuba durante este Pan por 3x1. Mas, o Brasil conseguiu alguns pontos de vantagem e fechou os 15 pontos após grande superação (finalzinho do vídeo). Foi nesse momento que eu me levantei, xingando, reclamando, quase pulando “dentro” da televisão. Já eram 02h40min da madrugada e não deu para gritar. O jeito foi pular e vibrar sem som. Aguardo a cerimônia de premiação, vejo a alegria das jogadoras, a emoção e o choro. Me emociono também. Fico muito feliz de ver a bandeira brasileira no lugar mais alto do pódio. Aliviado, vou dormir, que logo mais teria que acordar para trabalhar. Minha esposa acorda e reclama:
- Você estava pulando uma hora dessas?
- As meninas do Brasil ganharam a medalha de ouro!!
- Ah, não! Já são 3 h da madrugada!
- Foi difícil, mas ganhamos!
- Só você mesmo!!

Mundo acaba hoje, 21 de outubro

Grupo Cristão (evangélicos dos EUA) diz que o mundo acaba hoje.
Desculpem avisar encima da hora, mas vou correndo tomar a última Skol.

Você lê a reportagem clicando AQUI

Talvez ainda dê tempo de postar mais algumas coisas.
Gostei e vibrei muito com a vitória das meninas do vôlei nesta madrugada.
Li um texto exaltando o Brasil (ah, sim, não é de brasileiro, claro!)
Eu vou escrever sobre isso, mas...

Será que vai dar tempo?

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Cuidando do marido morto...


Leio no SuperNotícia de hoje reportagem que me comoveu profundamente. É sobre uma mulher que ficou ao lado do marido morto por três dias. Ela dizia que o marido estava dormindo. A mulher é esquizofrênica e, como relata o sobrinho, o marido é quem cuidava dela e controlava a medicação. Como o marido morreu, ele supõe que a tia ficou sem tomar a medicação, piorando ainda mais sua esquizofrenia. Ela passou a cuidar do cadáver do marido, acreditando que ele estava apenas dormindo. Tanto que a polícia informa que encontrou o cadáver com roupas limpas, apesar de já estar em decomposição. É uma triste história, de como são as relações humanas, como os sentimentos se sobressaem sobre tanta coisa. Porque ela, apesar da doença, sabia que o marido cuidava dela. E quando ele morreu, o que ela fez? Ela passou a cuidar do cadáver acreditando que o marido estava apenas doente, que tinha desmaiado. Acompanhou a polícia e disse que o marido estava quase bom e que logo voltaria a viver normalmente.

Leia a reportagem clicando aqui.

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Enquanto isso, na Coréia do Norte...

Não há muito trânsito e não tem semáforo. As guardas de trânsito nortecoreanas dão conta do recado.
Putz, mas deve ser cansativo prá caramba!!

sábado, 15 de outubro de 2011

Responsabilidade de quem mesmo? (2)

Continuando...
Ocorreu uma explosão num restaurante no Rio de Janeiro. Foi algo triste, pessoas morreram e outras estão internadas em estado grave. Mas, lá vamos nós novamente... Leio hoje, reportagem sobre o ocorrido e os familiares de uma das vítimas reclamando... adivinha de que? do descaso das autoridades, responsáveis pela fiscalização. Que absurdo! De acordo com a lei o local não poderia ter cilindros de gás e o restaurante tinha pelo menos oito. E pessoas reclamando contra a fiscalização municipal. Dizendo que o Rio estava voltado para Copa do Mundo, deixando seus cidadãos sem a fiscalização necessária. Quer dizer que no restaurante os funcionários não sabiam dos cilindros de gás? Ora, o dono de uma banca de jornal declarou que os próprios funcionários estavam preocupados com o cheiro de gás e que o cozinheiro tinha conhecimento do vazamento de gás. Ou seja, o pessoal do restaurante sabia que apesar da proibição eles utilizavam cilindros de gás. E o maior responsável pela tragédia é a prefeitura que não fiscalizava? O dono da banca de jornal, as lojas ao lado do restaurante, os funcionários do restaurante, os clientes que lá almoçavam, nenhum deles nunca pegou um telefone e fez uma denúncia anônima para a fiscalização, informando que o local comportava cilindros de gás. O dono do restaurante entrava com os cilindros de gás no local, mas a maioria considera isso apenas o “jeitinho brasileiro” e a responsabilidade pela descoberta desta infração cabia à fiscalização. Enquanto não acontecia nada, tudo bem, deixa pra lá. No momento que ocorre mortes, a grita geral é contra a fiscalização municipal e não contra o ato irregular do dono do restaurante. A manchete do jornal deveria ser: Por desrespeito à lei, explosão em restaurante deixa mortos e feridos.

Só mais um caso... um motoqueiro morreu após passar sobre um cabo de alta tensão da Cemig, que se rompeu devido à tempestade da última terça-feira. Não há uma explicação detalhada sobre o acidente com o motoqueiro. As informações são de que ele passou sobre o cabo, mas eu fiquei confuso, pois ele estava na moto e os pneus servem como isolantes. Acredito que ele passou ao lado e não sobre o cabo, ocorrendo então o contato do cabo com as partes metálicas da moto. Uma morte muito triste, horrível mesmo. Mas a manchete de um dos jornais diz sobre... a DEMORA da Cemig em atender aos chamados de emergência e associa a isto a causa do acidente. Ouve as pessoas indignadas que dizem que... a Cemig demorou mais de 2 horas para atender ao chamado. Uma senhora diz que tão logo viu o cabo rompido, passou a alertar as pessoas que por ali transitavam aos gritos e que ligou para a Cemig imediatamente. Mas que eles só apareceram mais de 2 horas depois. Longe de mim querer defender a Cemig, eles não precisam, têm os melhores advogados à disposição. Mas, convenhamos, a tempestade que caiu na tarde de terça-feira causou transtornos por toda região metropolitana com quedas de árvores, de fiação, de estouro de caixas transformadoras, etc, etc. A esposa do motoqueiro ainda pediu que ele não saísse, devido à tempestade. Mas, ele saiu assim mesmo. Não viu, ignorou, e infelizmente passou pelo cabo de alta tensão e morreu. E lá vamos nós com as responsabilidades divididas... foi culpa da Cemig. Deviam culpar também São Pedro, que mandou a forte tempestade que rompeu o cabo.

Respeite as leis e evite acidentes.
Respeite as placas de trânsito (pedestres e motoristas).
Não beba se for dirigir e não dirija se bebeu.
Economize água, energia, papel, etc. O planeta agradece.
Reclame menos e respeite mais as leis.
Não dê um “jeitinho” nas coisas. Siga as determinações específicas.


Responsabilidade de quem mesmo? (1)

Uma das coisas mais irritantes é a acusação de responsabilidade política em relação a acidentes causados pelos cidadãos.

Acho um absurdo as manchetes de jornais após algum acidente automobilístico: “Governo gasta milhões, mas rodovia continua matando”, “Mortes no Anel Rodoviário: infraestrutura da pista é problema do estado há mais de 30 anos”, “Caminhão colide na BR-381, mais duas mortes devido ao descaso das autoridades”. E nenhuma, nenhuma mesmo indignada com o desrespeito à velocidade máxima da pista. Motoristas que não dão a mínima para as placas, principalmente a que está lá: “Velocidade Máxima, 80 km”.
Ou ainda, o caminhão que vem trafegando na pista da esquerda e causa acidentes; está lá a placa: “Caminhões e ônibus: mantenham-se à direita”. E você lê as entrevistas dos familiares, reclamando que a pista não foi melhorada, que o acidente não teria acontecido se o estado trabalhasse para o alargamento da pista. A imprensa incutiu na população que o governo municipal, estadual ou federal é o maior responsável e quando ocorre alguma tragédia de trânsito as manchetes não incitam a população a respeitar as leis de trânsito e sim a fazer melhorias na pista. O motorista que vinha a 180 km por hora, o caminhão que estava em alta velocidade na pista da esquerda, o carro que mudou de pista sem dar seta, bom, eles estão mortos mesmo, então, acusa-se os governos. Você não lê cobranças sobre a pessoa atrás do volante, a maior responsável por causar acidentes.

O horário de verão atrapalha o nosso relógio biológico por algumas semanas. Depois a gente acostuma. Mas, sempre, todo ano, quando se aproxima o momento de adiantar o relógio em uma hora, começam a pipocar as reclamações. As pessoas não entendem que a natureza agradece, o horário de verão economiza e muito, energia elétrica. No entanto, outro dia li um cidadão reclamando contra o horário de verão e adivinhem quem ele responsabilizou por esta medida? Claro, o governo federal, que não investe na ampliação da oferta de energia elétrica. Fico indignado com uma coisa destas. O cidadão quer gastar energia à vontade e se o governo entra com uma medida para economizar, ele fica contra (ainda mais sendo um governo do PT). Vocifera contra o governo e contra a necessidade de economia. Não sabe que esta medida foi implantada há mais de 20 anos! Ainda diz que o governo do PSDB trabalhou melhor em relação à energia. Deve ser um garoto, novo demais, porque foi com o PSDB que tivemos o famoso apagão de energia. Sofremos racionamento de energia, tivemos limites de consumo, entre outros dissabores. Hoje, quando pedem para economizar, ninguém lembra disso. A primeira coisa que fazem é dizer “de novo a imposição do famigerado horário de verão, por incompetência deste governo”. Ah, sim, a mídia também aproveita para fazer reportagens, na maioria das vezes, contra.
São poucos os que mostram os benefícios deste horário, uma coisa simples, que é aproveitar a luz diurna para economizar. É a velha história do egoísmo: os outros que se danem, se querem economizar, que economizem, mas eu vou continuar reclamando. Lembro que ano passado resolvi levar um copo de vidro para meu trabalho. Minha esposa, curiosa, perguntou por que eu estava levando copo para o trabalho. Respondi que eu consumia, em média, 10 copos descartáveis por dia. Ela ironizou: não acredito, você está levando copo de vidro para ajudar seu empregador a economizar? Não, respondi, estou ajudando a natureza evitando o consumo sem necessidade de material descartável. Quando a gente pede outros colegas para levarem copo de vidro... ah, não, dizem, tem que ficar lavando o copo toda hora. O descartável é mais prático, a gente suja e joga fora. Ou seja, os outros que economizem... aí quando o governo baixa uma lei impondo economia de alguma coisa.. o cidadão descompromissado só reclama.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Dia das crianças atrasado...

Quando pequenos, meus filhos vez ou outra ficavam sozinhos comigo. Até os 2 anos era fácil entendê-los, devido ao vocabulário limitado. Praticamente eu sabia todas as palavras que eles poderiam dizer. Depois, com mais idade, amigos, primos, desenhos animados, tv, etc, etc, muitas vezes eu não entendia o que diziam. Uma característica comum aos dois, que têm quase quatro anos de diferença, é que aos 2/3 anos de idade, quando eu não entendia o que eles falavam, eles choravam.
- Eh, pai, você não está entendendo o que eu tô falando! - e começavam a chorar.
Ninja Jiraya

Mas, sempre lidei bem com eles, sabendo que nestas situações, o melhor é entretê-los com outra coisa. Claro que eu tentava os recursos mais lógicos, que era pedir para eles mostrarem o que queriam, dizer que podiam pegar o que queriam, por exemplo. Mas, às vezes isso não funcionava e eu procurava distraí-los, fazendo outra coisa, falando "vamos brincar disso ou daquilo".
E isso era fácil porque eu sempre brinquei com eles, com os carrinhos, com os bonecos dos Cavaleiros do Zodíaco, do ninja Jiraya ou os jogos de videogame. Eu sabia que eles não tinham uma noção clara da minha surdez. Isto só ocorreu depois dos 4 anos e na idade escolar eles aprenderam o alfabeto dos surdos.
Costumava gravar os desenhos animados para eles, os seriados dos heróis que eles gostavam. Era bom quando chegava a hora de dormir. Punha um desenho para assistir e eles dormiam logo.

Uma vez, o menor pede:
- Pai, quero ver o bonequinho.
- Que bonequinho?
Falou um tanto de coisa, tudo enrolado, não entendi nada. Pensei que era brinquedo e falei:
- Pode pegar o bonequinho na sua caixa de brinquedos.
- Não, pai. É o bonequinho da tv.
Não tinha a mínima idéia de que bonequinho era esse. Entendi que era da tv e perguntei que horas ele assistiu isso, se de manhã, na hora do almoço, ou à tarde. Ele respondeu:
- Na hora que você colocou a fita para assistir.
Saquei que era gravação. Mas, não lembrava de ter gravado bonequinho nenhum. Fui chutando:
- Pica-pau, Michey, Pateta, Macaulay Culkin, Chaves...
- Não, pai, o bonequinho.
Não sabendo qual bonequinho era esse, resolvi mudar de tática:
- Vamos assistir esse do Pica-pau, vai aparecer o Pica-pau dirigindo um caminhão. Eu quero ver o caminhão de novo...
Ele sossega, sentamos e assistimos. Acaba o desenho do Pica-pau e começa outro. Meu filho aponta para o desenho:
- Alá, pai, o bonequinho!!
Nunca que eu iria adivinhar o que ele queria.
- Que bonequinho, menino! Esse aí é o GASPARZINHO!!

O mais velho gostava do Chaves. Quando morávamos no Bairro Água Branca, pegávamos muito o metrô. Ele gostava mais do metrô que dos ônibus. Já tinha 4 anos e estava na idade de assimilar o que via na tv e repetir. Entramos os três (eu, ele e minha esposa) no metrô, sentamos e ele começou a cantarolar alguma coisa. Ele olhou para trás e ao perceber que as pessoas o encaravam, soltou:
- Gentalha!!
Minha esposa segurou o riso e me explicou. O amigo do Chaves, Kiko, falava isso com aquele ar de superioridade.

No meu tempo os pais tinham muito mais autoridade com os filhos. Aprendiam por bem, ou por mal mesmo. Uma vez, ingenuamente, soltei um palavrão perto de minha mãe. Levei um tapa na boca:
- Se você repetir isso de novo você vai ver o que é bom para tosse.
Eu que não era bobo de querer saber que xarope era esse, nunca mais xinguei qualquer palavrão perto de minha mãe.
Minha mãe, ameaças de surras à parte, nunca espancou nenhum dos filhos. Deu palmadas, chineladas e na maioria das vezes, o tom de voz bravo era suficiente para a gente obedecer. Era algo simples, por exemplo, eu, com 8 anos, saindo às 21 horas, minha mãe brada:
- Onde você pensa que vai uma hora dessas?
Eu retornava caladinho... o tom de voz era suficiente para obedecê-la sem reclamar.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Desculpe, eu não escuto...

Na maioria das vezes, quando uma pessoa me pede uma informação, eu respondo de imediato:
- Desculpe, eu não escuto.
As reações são variadas, com a maioria preferindo deixar pra lá.
Eu almoço próximo a Praça da Estação e depois compro o jornal, sento num dos bancos da praça e leio até o término do horário de almoço. Alguns dos sem-teto que ficam pela praça vez ou outra me pedem dinheiro. Não dou, porque a maioria deles compra bebida com estes trocados. Muitas pessoas pedem informações e eu digo que não escuto.
Uma vez uma garota, 15/17 anos mais ou menos, perguntou:
- Onde tem uma agência de correio aqui perto?
- Desculpe, eu não escuto.
Ela me fitou e repetiu a pergunta, falando mais devagar. Eu peguei a palavra "correio" e automaticamente meu cérebro associou todas as palavras que ela disse e eu entendi a pergunta. Normalmente, confirmo:
- Correio?
- É.
- Na avenida Santos Dumont... não, não, esta é longe. Ali do outro lado da avenida, naquele prédio amarelo.
Ela agradeceu e eu sorri. Legal, ela não se intimidou e foi ao encontro da colega ou namorado. Eu até li nos lábios dela, ela falando ao telefone celular "já estou indo". Namorado marcar encontro em agência de correio é meio estranho, mas eu sou otimista em relação ao amor.
Há os que perguntam onde é rua tal, e pior é quando estou próximo de casa. Pensam que como estou caminhando no bairro, conheço as ruas. Muitos fazem uma expressão de desconfiança quando respondo o "desculpe, eu não escuto", porque para muitas pessoas continua a associação errônea de surdez com mudez. Há os que não se incomodam com minha resposta e mostram o papel com o endereço que procuram.
Certa vez um jovem de uns 30 anos perguntou alguma coisa que eu não entendi nada, porque ele já estava terminando de falar enquanto eu começava a fitá-lo.
- Desculpe, eu não escuto - eu disse, baixando o jornal.
Ele era simples, com um bigodinho de galã de cinema, com a expressão que denota ingenuidade. Estranhamente ele não se afastou e repetiu novamente (quando a pessoa vai repetir o que falou antes, eu me esforço ainda mais para entender alguma coisa).
- Tem um banco Itaú aqui perto?
Eu entendi e respondi:
- Lá na avenida Santos Dumont.
- Essa não serve. Eu fui lá, mas o moço falou que não pode ser lá. Que eu tenho que ir em outra agência.
Peguei alguma coisa do que ele disse. Uma vez que começa um diálogo é mais fácil entender o que vem a seguir. Se ele estava falando de banco, claro que a sequência da conversação seria banco, agência, caixa, etc, todas as palavras relativas a banco meu cérebro disponibiliza para compreensão da conversa. Igual quando perguntam algo do metrô, eu já estou preparado para palavras tipo nome das estações do metrõ mais próximas, onde está a entrada da estação, onde o metrô vai, etc, etc.
Achei estranho que o caixa do banco simplesmente o mandasse procurar outra agência:
- Se não te atendeu lá, em outra agência também não vai te atender.
- O moço do banco falou prá procurar esta agência aqui do papel - e me mostrou um papel com timbre do TRT, com o endereço da agência.
Dei uma rápida olhada no papel (eu leio rápido) e disse:
- Você tem que ir na agência da avenida João Pinheiro.
- Está longe?
- É uma boa caminhada, mas pegar ônibus não vai adiantar nada. Ônibus daqui para lá é mais complicado ainda. Suba a avenida Amazonas, peque a Afonso Pena e quando você estiver em frente ao Parque Municipal pergunte onde é a avenida João Pinheiro.
Ele me agradeceu, sorrindo e já estava indo quando eu resolvi chamá-lo.
- Rapaz! - ele se voltou e eu disse - Não mostre este papel para ninguém. Se você for pedir mais informações peça a um guarda municipal ou policial militar.
- Porque?
- Este seu papel aí está falando que você tem direito a uma indenização de mais de R$2.000,00. Portanto, só pergunte onde é a avenida João Pinheiro. Pessoas mal intencionadas podem te seguir e tentar te roubar.
Ele fez uma cara de espanto. Acho que nem sabia muito bem o que era indenização. Pelo pouco que li do papel, era uma indenização trabalhista.
- Muito obrigado, seu moço!

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Das confusões por ser surdo

Onde trabalho atualmente quase todo mês estão mudando as faxineiras. Quando comecei a trabalhar não havia esse rodízio excessivo. Lembro que a faxineira do andar ficou mais de um ano trabalhando lá. Com o excesso de troca eis o que ocorreu recentemente. A faxineira sempre bate levemente na porta de entrada do banheiro, que tem um cubículo para o lavatório e dois banheiros, um à esquerda e outro à direita deste cubículo.
A porta para o cubículo central não tem trinco, pois é entrada para o lavatório. Somente os banheiros têm trincos. Claro que quando ela bate na porta os homens fecham a porta do banheiro em que estão ou simplesmente respondem que "tem gente". A última faxineira adentrou o banheiro umas quatro vezes e eu estava com a porta aberta e só fui fechar quando ela já estava no interior do cubículo central. Na quinta vez ela se sentiu incomodada e foi tirar satisfações com o responsável pelo setor de serviços gerais.
- Eu bato na porta e o rapaz não responde nada. E quando eu entro ele está lá fazendo xixi com a porta do banheiro aberta.
- Às vezes acontece, - responde o chefe, pacientemente, sem saber de quem ela estava falando - as pessoas não entendem que você está pedindo para que elas respondam à sua batida na porta.
A faxineira se irrita:
- Não, senhor! Este rapaz faz de propósito mesmo. Uma vez eu perguntei se tinha gente no banheiro e ele não respondeu nada. Quando eu entrei ele estava lá.
O chefe acabou curioso e perguntou:
- E quando você entra o que o rapaz faz?
- Ele empurra a porta do banheiro, assim quase fechando.
- Não falta o respeito com você?
- Não. Ele sempre quase fecha a porta. Uma vez ele estava saindo do banheiro e riu. Nunca falou nada comigo. Mas, eu acho uma falta de respeito não responder quando eu bato na porta ou quando eu pergunto se tem gente. Porque todo mundo responde, só ele não!
O chefe pensou que realmente era um caso para advertência, afinal a faxineira só pedia que o rapaz fosse educado e respondesse aos seus sinais.
- Quem é esse rapaz?
- Eu não sei o nome dele, não. Um rapaz de óculos, sério, que trabalha junto o A.
- Vamos lá falar com ele.
- Eu não quero falar nada com ele, não. O senhor só tem que chamar a atenção dele.
- Mas, você tem que me mostrar quem é ele. É uma coisa simples, não se preocupe. Você me mostra o rapaz e eu explico para ele o que está acontecendo. Você está certa, portanto ele tem que entender.
Quando chega no meu setor, a faxineira me aponta. O chefe me conhece, sabe que sou 100% surdo. Aponta para mim, solicitando confirmação, já com um riso largo no rosto:
- É ele?
- É ele sim, senhor. - responde a faxineira, meio temerosa.
Não tem jeito. O chefe de serviços gerais começa a rir alto. O pessoal do setor olha para o chefe e eu, é claro, olho para onde todo mundo está olhando, para saber o que está acontecendo. Ao ver o chefe de serviços gerais e a faxineira, praticamente já sei o que está acontecendo. Ao perceber todos olhando e o chefe rindo, a faxineira fica ainda mais tímida diante da situação. Ele explica a situação para o pessoal do meu setor; todos acabam rindo também. O chefe de serviços gerais praticamente a arrasta até onde estou e diz:
- Jairo, você conhece a M.?
- Sim, a faxineira aqui do nosso andar.
- Ela não te conhece. M, esse é o Jairo. Ele é surdo, entendeu?
E o chefe desata a rir novamente. A faxineira me fita completamente desconfiada, pensando que estavam brincando com ela. O A. se aproxima e explica para ela que eu não escuto, mas falo normalmente. Ela acaba concordando, mas provavelmente vai confirmar com outras pessoas ("aquele rapaz é surdo mesmo?"). Colegas já me disseram que uma ou outra pessoa pergunta isso, desconfiados, com cara de espanto.
:D

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Confiança na imprensa cai

Muitas vezes escrevo reclamando do que é publicado nos jornais impressos e da tv. Não é para menos. O que a rede globo manipula de notícias dá um livro! Os jornais e revistas também manipulam ao bel prazer as notícias. Se você pegar as manchetes de um mês dos jornais verá que uns 90% das manchetes são de notícias negativas. Os 10% se dividem em manchetes neutras e positivas. Os 5% de manchetes positivas são acrescidas de um "mas". Quem acompanha as notícias através da internet fica menos vulnerável às manipulações. O que eles publicam de manhã, se estiver manipulado, à tarde blogueiros independentes já esclareceram. Uma pena que a maioria leva gato por lebre. O que a imprensa publica é o que a maioria entende ser a notícia. Um exemplo recente: a polêmica sobre a CNJ e a investigação de juízes suspeitos. O jornal nacional fez uma reportagem razoável... razoável porque mostrou somente o lado do presidente do CNJ (que não quer aprofundar as investigações, infelizmente). Você pode assistir a reportagem clicando AQUI e verá que o jornal nacional não entrevistou o outro lado desta polêmica. A Juíza Eliana Calmon aparece em foto estática e nada mais. Porque não a entrevistaram? Porque ela é a Juíza que disse que há "gravíssimos problemas de infiltração de bandidos que estão escondidos atrás da toga". Infelizmente ao invés de apoiá-la, o ministro Cezar Peluso (presidente do CNJ e do STF) emitiu nota de repúdio. Quando esperava uma reportagem condenando a reação do ministro... a globo resolve dar a palavra a ele. Fátima Bernardes não faz nenhum comentário incisivo sobre a situação. Por essa e por outras é que o jornal é desacreditado constantemente. 
A pesquisa do Ibope Inteligência confirma: cada vez mais os brasileiros estão descrentes dos meios de comunicação.
Não é para menos. Apesar de muitas pessoas ainda acreditarem que a mídia é isenta, mais e mais esclarecimentos são divulgados, através de blogs, de notas governamentais (os mais atingidos pelas manipulações) e no boca-a-boca. Você deve ter visto no mês passado o maior alarde da imprensa sobre a volta da inflação devido à crise externa. Certo? Pois é... a mídia todo dia de setembro dizia que a inflação estava subindo. Pois hoje o globo online publica queda da inflação medida pelo IPC-Índice de Preços ao Consumidor. Clique AQUI para ler. Na notícia, infelizmente, você não lê algo do tipo: "houve um engano dos economistas (míriam leitão, p.e.) em relação à alta da inflação".
Por isso repito sempre: NÃO acredite em tudo que você lê ou vê nos meios de comunicação. Verifique mais de uma fonte, para ter certeza que a notícia não foi manipulada.
A pesquisa do Ibope Inteligência você lê clicando AQUI.
O gráfico que realmente interessa é o que eu reproduzo abaixo:
A confiança dos brasileiros nas instituições avaliadas;
PS: Eu escrevo globo e jornal nacional em minúsculas devido ao descrédito dos mesmos. Nada tenho contra a emissora, que exibe alguns bons programas (A Grande Família, filmes com cc) e foi a pioneira na inserção do closed caption. Minha revolta é contra a área jornalística da emissora, que não merece confiança.