quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Fórmula 1... somente para quem gosta...


E para quem entende ao menos um pouco. Eu lembro dos meus meninos jogando Super Trunfo e não entendia muito bem como era o jogo, com aquelas cartas que tinham um monte de carros e de critérios. É porque eu não escutava o principal do jogo: citar justamente um dos critérios da carta que você acredita que vai vencer os critérios da outra carta. Na comunidade de F1 que eu participo no orkut, a galera disponibilizou o link com um jogo do Super Trunfo, de pilotos de F1.
Eu sou insistente. O jogo não é fácil, uma vez que o computador fica com algumas das melhores (ou as melhores mesmo!) cartas, tipo o Schumacher (ele tem SÓ 7 títulos)... hehehehe.
O jogo está no portal do Estadão.
Estadão. Super Trunfo de Pilotos
Para quem é fã de F1 é um achado.


Como eu disse, eu sou insistente mesmo.
Joguei uns 40 minutos, mais ou menos, para conseguir esta imagem ao lado.
Pena que não apareceu nenhum trofeuzinho.
Seria mais bonito que esta mensagem tão simples, que lembra os jogos de paciência.
Vai lá, tenta!

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Como é feito o Jornal Nacional do Bonner para o Homer...


Repercutiu há tempos, uma comparação que o apresentador do Jornal Nacional fez sobre o telespectador. Depois, é claro, ele disse que não foi bem isso que ele disse.
Vejam como é elaborado um Jornal Nacional e as decisões do seu editor chefe, que é o próprio Bonner.

De Bonner para Homer
(Com os devidos créditos à Revista Carta Capital, 371, autor Laurindo Lalo Leal Filho)

Eu li ali

"Os que dançavam eram chamados insanos, por aqueles que não ouviam a música!"
Nas costas de uma camisa, que tinha na frente:
"Insanidade Mental" e o nome de uma cidade (que vou omitir).

Hoje, dentro do ônibus que me levava para o trabalho.

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Os riscos que os surdos correm...


Outro dia, conversando com uma amiga no MSN, perguntei seriamente:
- Que tipo de veículo é mais perigoso para nós, surdos?
Ela respondeu:
- Não tenho idéia! Bicicleta, moto, carroça? Eu já fui atropelada por uma bicicleta.
Eu ri, mas expliquei:
- Na verdade, nós surdos corremos um grande risco com carros oficiais. Ambulâncias, bombeiros, carros de polícia.
- Porque?
- Por que eles avançam o sinal vermelho! Mesmo com a barulheira das sirenes, nós surdos não temos idéia que um destes carros está se aproximando.
Ano passado eu quase fui atropelado por uma ambulância. Eram umas 7 da noite e eu estava atravessando a Av. Afonso Pena, ali na Praça Sete. O sinal ficou verde e eu comecei a atravessar a avenida tranquilamente. Meu sexto sentido me avisa de alguma coisa errada. Eu diminuí o passo ao perceber que somente eu estava atravessando a avenida, mesmo com os carros parados. A pista tem quatro corredores para cada mão e o último estava livre. A ambulância piscou os faróis (santo motorista que percebeu que eu não ia parar). O piscar dos faróis me alertou e eu parei, petrificado. A ambulância passou a uns dois palmos do meu corpo.
Eu nunca fui atropelado, sempre atravesso as ruas com bastante atenção. Apesar de considerar uma coisa natural (minha percepção mais apurada), muitos já disseram que isto se deve ao fato de eu ser surdo. Mas, é claro que um veículo que se aproxima em altíssima velocidade não é muito perceptível. O alerta do mesmo é o som, inútil para mim.

São curiosidades da vida dos surdos, do meu mundo em silêncio.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Revistinhas que eu fazia


Criava, desenhava, editava, corrigia, fazia as capas, coloria as capas e só não distribuia porque não encontrava condições de publicação. Hoje, com o advento da internet, do scanner, dos arquivos pdf, estou tentando passar ao menos uma das minhas revistinhas para pdf. E postar aqui no meu blog, com liberdade para que copiem, imprimam e leiam. A Turma Gep foi minha melhor criação, pois não era clone de nenhuma outra revista. Três amigos, que têm um clube, uma turma rival e as artes marciais que eles praticavam. Brigam muito, mas quase todos, mesmo os rivais, são do bem. Os "maus" querem apenas tomar o clube dos "heróis". Meu maior erro foi seguir a linha humorística quando criei a turma, em 1973. A pior das consequências foram os nomes do heróis, apelidos que penei para dar uma explicação lógica. GEP é apenas as iniciais de Guigu, Espanholo e Poca. Os rivais, Rivão, Potoca e Moleza. Quando eu passei a elaborar melhor as histórias, a criar personagens coadjuvantes fortes, a maioria ganhou nomes corretos, ou pelo menos apelidos mais lógicos. Alfredo, Chicão, Bingo, Luciana, Marcelino e não podia faltar um mestre nas artes marciais: Jen Lee, um rapazinho chinês radicado no Brasil. A história que estou tentando passar para pdf é Nick Violeiro, um garoto violeiro que se envolve com a Turma Gep. É muito complicado passar para pdf, pois tenho que scanear página por página, apagar os textos dos balões escrito a mão e digitá-los. O texto fica menor, tenho que readaptar as falas para os balões não ficarem muito grandes para pouco texto. É uma história com mais de 20 paginas (em formatinho) e eu só já consegui trabalhar umas 5 páginas!!


Por causa das revistinhas que eu fazia foi que minha irmã Vera falou que eu devia ter um stand no FIQ. Hahahaha... Talvez, se lá houvesse stand de amadores, eu pegasse uma ponta. Meus quadrinhos são amadorísticos, eu desenho direto, não faço um rascunho, meus personagens carecem de melhor características, etc, etc. Mas, para um amador, está bom. E também, eu sempre desenhei por gosto de desenhar. Era uma forma de passar o tempo, um hobby muito bom e relaxante.

Apesar da violência, as turmas não utilizavam armas. Somente lutavam entre si, utilizando golpes de artes marciais.

Esta foi minha produção mais longa. Eu desenhei mais de 25 revistas da Turma Gep. As últimas foram as mais elaboradas, inclusive utilizei papel sem pauta. Porque eu fazia as revistinhas em papel pautado, de caderno brochurão. Como eu disse, desenhava por diversão e jamais imaginei que um dia poderia publicar minhas revistas em algum lugar. Naqueles tempos sequer se sonhava com internet. O mais próximo de publicar seria cópias xerox, com os textos escritos a mão mesmo. Porque, fazer os textos com a máquina de escrever era um horror. As letras da máquina de escrever consumiam muito espaço e era muito difícil "acertar" a posição do carro (hehehe, carro da máquina de escrever, viu!) no início do balão.

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segunda-feira, 19 de outubro de 2009

FIQ - Festival Internacional de Quadrinhos


Eu adoro quadrinhos. Tinha uma coleção com mais de 1.000 (mil) revistas em quadrinhos. Infelizmente, um dia eu resolvi vender algumas coleções. Só bem mais tarde me arrependi... se arrependimento matasse... As coleções da revista Tex e Ken Parker (ambas de faroeste), eu vendi por um bom preço, mas hoje sinto falta destas revistas. Eu sou de ler e reler. Livros também. Leio hoje, daqui uns dois meses leio novamente.
O 6° Festival Internacional de Quadrinhos começou comigo mesmo... Como eu trabalho na área de Cultura do município de Belo Horizonte, o convênio para realização deste festival passou por minhas mãos.
Estive no Palácio das Artes, para admirar algumas obras. Pena que não tinha como fotografar, porque fui de última hora. Tinha um monte de gibis americanos do Batman, que está fazendo 70 anos. Muitas obras de franceses, pois este é o ano França-Brasil, uma reciprocidade ao ano Brasil-França, realizado em 2005.

Minha irmã Vera também visitou o FIQ  e disse que meus gibis tinham que estar expostos lá. Bom, não havia um stand para amadores. Eu desenhei muito, nos idos anos de 1974 a 1976, quando morei com minhas irmãs, no bairro Cachoeirinha, devido a escola para surdos (Instituto Santa Inês). Como eu ficava sozinho na parte da tarde e em casa, eu desenhava (e escrevia) muito. A qualidade era baixa, claro. Somente nos anos 90 eu aperfeiçoei um bocado a minha criação predileta: Turma Gep. Elaborei histórias mais longas, mais criativas. O meu processo de criação é espontâneo: eu imagino uma história, começo a desenhar e a medida que vou desenhando desenvolvo a história. Posso iniciar uma história sem ter idéia de como vai acabar. Da mesma forma escrevo contos, histórias, etc. Parto de uma idéia e desenvolvo a história. Pelo meio da história, com as tramas já enredadas, já tenho uma noção de como a história pode terminar.


Batman era um dos meus personagens favoritos, principalmente com as histórias mais sofisticadas, miniséries e álbuns. Mas, eu sou da época em que as histórias ainda eram simples, publicadas pela Ebal, nas revistas grandes e não no formatinho. Não gostei dos filmes que fizeram, exceto o último, com o Coringa do ator Heath Ledger (que faleceu) e o Batman do ator Christian Bale. Pelo menos neste filme as adaptações foram coerentes.


O mal de alguns filmes sobre personagens de quadrinhos é a adaptação que fazem. O Homem-Aranha (outro personagem que sempre gostei muito) nunca teve teia saindo do corpo; ele criou dispositivos que disparavam a teia e adaptou-os ao pulso. Como os filmes respeitaram ao máximo as características dos personagens, os fãs (eu entre eles) acabaram por aceitar. 



Tenho até hoje as revistas da Ebal e também da Abril, com séries e miniséries, destes heróis. Uma minisérie que reuniu praticamente todos os personagens da DC foi Crise nas Infinitas Terras. A DC procurou acabar com a lambança, pois havia Terra X, Terra Paralela, Terra isso e aquilo, sem contar a terra, essa nossa mesmo. Cada uma destas terras tinha seu Batman, seu Super-homem. Os da Terra Paralela normalmente já casados, maduros. Para voltar a ter somente um Batman, um Super-homem, um Flash, foi necessário esta série, que uniu as terras em uma só e matou os personagens paralelos.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Boas histórias devem ser divulgadas...

Evito de todas as maneiras falar de política neste meu blog. Devido ao fato de que as discussões que envolvem política e futebol (religião também!) nunca chegam a um meio termo. Mas, estou linkando uma reportagem política do Terra Magazine, Bob Fernandes, porque ela conta uma história, uma linda história, muito mais do que política. É a entrevista com uma professora nordestina, Dona Joana Camandaroba. Basta clicar no link abaixo:

 Lembrando também que ontem, 15 de novembro, foi o Dia do Professor. Minha primeira professora foi a D. Wanda Rodrigues, que foi Miss Formiga. Era muito brava, do tempo em que ainda era permitido aos professores puxar as orelhas dos alunos e um dia... Bem, esta história fica para outro post.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

O código de barras

No dia 7 de outubro comemorou-se 57 anos do registro da patente do código de barras (7 de outubro de 1952). Como eu estou sempre atrasadinho, só hoje estou falando sobre isto.





O código de barras é uma dessas coisas simples, que aos nossos olhos parecem complicadas. George J. Laurer funcionário da IBM, foi o criador deste código. Antigamente, os preços eram colados no produto, uma etiqueta com o valor. Que os espertinhos trocavam de um produto mais barato para um mais caro. Com o código de barras, além de resolver este problema, houve uma redução nas filas, pois não era mais necessário o caixa digitar o valor dos produtos. Hoje em dia, praticamente todos os produtos têm código de barras.


Por coincidência, o código acabou entrando nas páginas de misticismo, ocultismo e religiões. Por que? Porque o código tem três barras guias que, aparentemente, parecem o número 6 (as barras vermelhas do código acima). Mas não são. O número 6 é diferente, as duas barras que o representam são menores (as barras azuis). Daí a divulgarem que o número 666 (o número da besta do apocalipse) estava escondido em todos os códigos de barras foi um pulo.
Para se aprofundar no assunto, basta clicar nos links abaixo:
Testemunhos do mundo cristão (além das teorias do número da besta, tem uma explicação detalhada sobre o código de barras).

sábado, 3 de outubro de 2009

Alô, Rio de Janeiro, aquele abraço!!


"O Rio de Janeiro continua lindo... O Rio de Janeiro continua sendo... O Rio de Janeiro, fevereiro e março...", assim começa a música do Gilberto Gil. Música que eu ouvi e que se adapta à comemoração da vitória para sede das Olimpíadas de 2016. "Alô, Rio de Janeiro – aquele abraço! Todo o povo brasileiro – aquele abraço!". Foi uma conquista do nosso país, em especial do Presidente Lula, que batalhou muito para conseguir esta vitória. Quem gosta deste nosso Brasil se emocionou, achou muito bom que o Rio ganhasse. Lá no meu serviço, na hora do almoço, entrei na internet para saber o resultado. Pouco antes do almoço eu tinha comentado com meu colega que Chicago era a favorita. Pelo menos era o que a mídia andava dizendo. Ledo engano, foi a primeira eliminada. Depois Tóquio. A disputa ficou entre Madri e Rio. Vem aquele aperto de torcedor: "pôxa, se era para ser eliminada, que fosse eliminada de cara e não agora, no final!". A internet demorou um pouquinho (uns 2 minutos) para que o resultado fosse publicado por um site. Então eu li: Rio de Janeiro é a sede das Olimpíadas de 2016. Abri um largo sorriso, me emocionei mesmo. Mostrei para outro colega que havia perguntado antes como estava a votação. A chefe do setor também viu e disse:
- O Rio ganhou! Lula é mesmo o cara!
Meu outro colega mais velho chegou e já estava até planejando ir para o Rio em 2016, trabalhar nas Olimpíadas. Disse que, como estamos no setor cultural do município, tínhamos boas possibilidades de ir trabalhar lá. Que as inscrições seriam abertas e que nós deveríamos nos inscrever. Que eu, como deficiente auditivo, poderia participar de recepção a deficientes. Ele realmente é um cara animado! Eu ri:
- E como vamos justificar a ausência de mais de meio mês? - as olimpíadas duram em média duas semanas.
- Ah, que isso, estaremos fazendo um trabalho cultural, a gente justifica numa boa, a gerência abona!
Eu ri. Meu colega é mesmo muito otimista.
Eu disse a ele também que é muito bom ver os brasileiros aplaudindo as conquistas do Brasil. Que não podemos ter vergonha de ser brasileiros. Que patriotismo é bonito sim. Que a mídia é antipatriota e fica sempre contra o país. Só passa a comemorar depois que o país ganha e não tem mais jeito. Também não concordo com o blábláblá de que o dinheiro gasto deveria ser utilizado nisto ou naquilo. Eu acho que uma coisa não tem nada a ver com outra. Não é porque vai INVESTIR (e não gastar, como diz a mídia) muito dinheiro no Rio que neste momento devemos nos preocupar com as mazelas deste país em contraponto às olimpíadas. Segurança, educação, saúde, entre outras, são questões bastante relevantes, mas a discussão destes temas não pode envolver as olimpíadas. Uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa.
O momento é de comemoração e de parabenizar o nosso país.
"Alô, Rio de Janeiro – aquele abraço! Todo o povo brasileiro – aquele abraço!".
Parabéns, Rio! Parabéns, Brasil!