terça-feira, 27 de setembro de 2011

Ilusões de ótica

Há tempos estas imagens circulam na internet. Se procurar, encontramos muitas outras interessantes. Algumas que causam espanto:
1 - Os pontos pretos. Quantos pontos pretos é possível contar na figura abaixo?
Nenhum. Não há pontos pretos, por mais que seus olhos digam que sim.

2 - A bandeira do Brasil. Olhe o pontinho preto por 30 segundos e em seguida olhe para o quadro em branco.

3 - Os círculos que se movem em direções opostas. Focalize seu olhar no pontinho preto no centro do círculo... Agora movimente-se para frente e para trás... (ainda olhando para o pontinho).
4 - O que você está vendo? (Esta é muito legal mesmo!!) - 
Olhe fixamente nos 4 pontos pretos centrais.
Conte até 10.
Olha para a parede do seu ambiente e pisque os olhos várias vezes.
Quanto mais piscar, mais verá a face de Jesus.
5 - O que você vê no pote?
Bom, a maioria vê um casal. Mas, dentro do pote estão golfinhos!!
Dizem que as crianças respondem corretamente e afirmam ver golfinhos/peixinhos. Como elas ainda não têm imagens sexuais na memória, não conseguem visualizar o casal. Alguém aí se dispõe a testar isto com alguma criança?

Muito legal estas ilusões de ótica.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Pena de morte

Não adiantaram os protestos pelo mundo, o pedido do Papa, o engajamento do ex-presidente Jimmy Carter contra e diversos protestos no próprio país. A Justiça da Geórgia e o Supremo Tribunal americano mantiveram a condenação de Troy Davis, que estava preso há 20 anos. O que mais me entristeceu em toda esta história foi que 7 das 9 testemunhas se retrataram e mudaram suas declarações. Alegaram ainda coerção policial. A acusação era de que Troy, negro, matou um policial, branco. Mesmo sem arma do crime, mesmo sem vestígios de pólvora na mão do acusado, mesmo com as testemunhas se retratando, a justiça não voltou atrás.
Leia a reportagem completa no Terra.
E ainda querem implantar pena de morte no Brasil? Os que não têm recursos financeiros e têm a pele um pouquinho mais escura, serão os candidatos à pena de morte e nunca os verdadeiros culpados. Aliás, o Brasil aplicava a pena de morte, extinta em 1876. Os condenados eram, em sua maioria, índios, piratas, traficantes, hereges e invasores franceses e anos depois, com o crescimento da escravidão, os negros. Escravos que reagissem a espancamentos não escapavam da morte, pois legítima defesa não valia para os escravos. Ainda que alguns europeus fossem condenados, isso era muito raro. Nos EUA, com o advento das novas tecnologias e exames, já comprovaram que mais de uma centena de inocentes foram condenados à pena de morte.
Sabe o que é mais incrível? Se você fizer uma pesquisa no Google sobre pessoas inocentes condenadas à morte nos EUA, como por exemplo, Cameron Todd Willingham, só vai encontrar referências em sites e blogs. Não há reportagens sobre este caso nos grandes jornais brasileiros. Ele foi acusado de ter provocado um incêndio que matou suas três filhas. Até o fim declarou-se inocente (os apenados têm direito a uma última declaração): "A única declaração que eu quero fazer é que eu sou um homem inocente que foi condenado por um crime que eu não cometi. Eu fui perseguido durante 12 anos por algo que eu não fiz." Cinco anos depois de sua execução, investigações mais austeras comprovoram que ele realmente era inocente.
Você não vê estes casos nos jornais e revistas brasileiros. Quando ocorreu a morte do garoto João Hélio, a mídia brasileira tentou de todas as formas discutir a necessidade da pena de morte no Brasil e acabar com o Estatuto da Criança e do Adolescente (o culpado da morte de João Hélio era menor de idade à época), Diversas vozes se levantaram a favor da pena de morte. A maioria levada pela comoção geral causada pela mídia. Mas, sobre os inocentes executados nos EUA, nenhuma palavra!
A pena de morte não é a solução. Já está mais do que comprovado que pessoas que entram para o crime, entram conscientes de que não têm nada a perder. Como exemplo, o próprio EUA, onde mesmo com a pena de morte os crimes continuam ocorrendo. O que se vê, muitas vezes é que, diante da morte horrível de alguém querido, as pessoas estão dispostas a matar também, através da pena de morte, justificando que houve um julgamento justo e o executor é o estado. Na verdade, o executor somos todos nós, pois o estado apenas representa a sociedade.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Naqueles tempos...

- Aí eu peguei o telefone e disquei o número do meu amigo Alberto.
- "Discou o número"? Como é que pode?
- Naqueles tempos os telefones tinham um círculo com os buracos para cada número e a gente discava os  números...
- Ah, bom, vô, entendi.
- Então, o Alberto chegou todo contente, pois ele sabia que era uma raridade conseguir um disco dos Beatles.
- Você quer dizer um CD, né, vô?
- Não, disco mesmo. Naqueles tempos não existia CD. As músicas eram gravadas em um disco, normalmente preto, de vinil. A gente escutava o disco na radiola.
- Hahahahahahahaha!! Que isso??
- Naqueles tempos não existia CD Play e sim radiola. Tinha um prato que girava, um braço com agulha.
- Vocês ouviram o CD dos Beatles.
- O disco. Depois acompanhamos um programa dos Beatles na tv, que era em preto-e-branco.
- A tv lá em casa, de 42 polegadas, também é preta, vô.
- Não é a cor da tv. Naqueles tempos as imagens não eram coloridas. Era tudo preto-e-branco.
- Nussa, vô! E como você sabia que a capa do Super-homem era vermelha?
- As revistas em quadrinhos, algumas pelo menos, eram coloridas.
- E no cinema?
- Alguns filmes ainda eram em preto-e-branco, mas a maioria já era colorido.
- E o programa dos Beatles na tv, então, era sem cor.
- Certo. Eu pus no canal correto rodando o seletor de canais...
- Que que é seletor de canais, heim, vô?
- Naqueles tempos, para mudar de canal, a gente tinha que levantar e girar o seletor até o canal desejado.
- Porque não usou o controle remoto?
- Naqueles tempos não tinha controle remoto.
- E para aumentar o volume, como você fazia, vô?
- Tinha que levantar e mexer no botão de volume do televisor.
- E para desligar a tv?
- Tinha que levantar e apertar o botão de desliga.
- Puxa, vô, por isso que o senhor é magro e o papai é gordo, né?
- Aff, pelo menos você agora sabe que eu e o meu amigo Alberto éramos fãs dos Beatles. Os Beatles você conhece, certo?
- Conheço, vô, porque outro dia passou um especial no canal de tv a cabo. Você tinha tv a cabo, vô?
- Naqueles tempos... ai, Jesus! Vamos jogar videogame, que é mais fácil eu conviver com as modernidades que ficar te contando histórias do passado.
- Você é bom de videogame, vô. Você jogava videogame quando era criança?
- Naqueles tempos não existia videogame... vamos, vamos, senão você vai acabar com meu estoque de "naqueles tempos"!!

terça-feira, 13 de setembro de 2011

O sumiço de minha irmã caçula

Chegando em casa após o serviço, cumprimento minha irmã, que estava sentada à mesa, escrevendo alguma coisa. Ela se volta, meio que assustada:
- Você viu a caçula brincando? - esta minha irmã usava/usa datilologia, que é a escrita das palavras/frases utilizando o alfabeto manual dos surdos (letra por letra).
- Não, por quê?
Minha irmã dá um pulo da cadeira, corre para o quintal, procura a caçula pelos cantos. Não vendo a menina, se desespera:
- Ai, meu Deus! Ela saiu sem me avisar!
A caçula tinha apenas quatro anos, não tinha idade para sair sozinha. Só saia com conhecimento de algum dos mais velhos. Minha irmã quase tem uma crise, abre o portão, olha pra um lado e outro.
- Minha mãe vai me matar se chegar e eu não encontrar a caçula.
- Calma, ela deve ter ido à casa de alguma das amiguinhas dela.
Meu tio vem chegando. Percebe que eu e minha irmã estamos aflitos.
- Que isso? Que aconteceu?
- A caçula sumiu! – responde minha irmã, quase chorando.
Explica que deixou a caçula brincando e que enquanto estava escrevendo a caçula abriu o portão e saiu sem avisar.
- Vamos, vamos! – eu disse. – Eu vou procurar na casa da vizinha da esquerda e você vai para a direita.
Saímos apressados em direções opostas. Fui até o armazém, menos de um quarteirão de distância. A caçula costumava brincar com a filha do dono do armazém. Perguntei se a minha irmãzinha estava lá. Ele não sabia, foi até os fundos perguntar. A casa era acoplada ao armazém. Voltou logo depois informando que a filha dele não estava, tinha saído com a mãe. Agradeci e fui mais alguns quarteirões à frente, olhando para um lado e outro, prestando atenção em todas as crianças do sexo feminino. Nada de nada! Voltei, acreditando que talvez minha irmã já estivesse de volta junto com a caçula.
Meu tio ainda estava no portão.
- Não estava lá. Cadê minha irmã?
- Está vindo ali...
Vinha sem a caçula. Contou que perguntou à costureira e ela disse que não, a caçula não tinha aparecido por lá. Entramos e minha irmã já estava chorando.
- Vou trocar de roupa e vou procurar mais para o centro.
- Vou com você. – eu disse. – O senhor, tio, fica aí, caso ela apareça.
Minha irmã ruma para o quarto e dá um grito (meu tio ouviu e se assustou, por isso sei que minha irmã gritou). Fomos para o quarto e deparamos com a caçula dormindo numa das camas.
Minha irmã sacode a caçula e pergunta, nervosa:
- Onde você estava?
A caçula gagueja:
- Que... que... ?
Minha irmã aponta o dedo em riste para a caçula:
- Você estava fingindo que estava dormindo? Você saiu sem me falar! Onde você foi?
A caçula, os olhos sonolentos, olha para minha irmã, para mim e para meu tio, desnorteada.
- Calma, mana! Ela estava dormindo mesmo! Veja os olhos dela, estão sonolentos de verdade! Lembre-se que o tio ficou no portão enquanto nós procurávamos por ela. Portanto, não tem como ela estar fingindo.
- Mas.. mas..
Eu ri:
- Lembra que quando eu cheguei, eu parei aqui na sala e você me perguntou pela caçula? Quando eu disse que não vi, saímos feito doidos, MAS NÃO OLHAMOS O QUARTO!
Minha irmã meneou a cabeça. Riu:
- É verdade! Provavelmente eu estava concentrada escrevendo e ela passou por mim e foi dormir, sem eu perceber.
Eu, minha irmã e meu tio começamos a rir. A caçula olhava um e outro, com aqueles olhinhos de criança inocente. Talvez pensasse, lá no fundo: “que cambada de doidos!”
-
Publicado no meu antigo blog em 03/08/2008.

sábado, 10 de setembro de 2011

11 de setembro...

Não se fala de outra coisa. 11 de setembro e o atentado terrorista contra as Torres Gêmeas. A rede globo tem matérias especiais em todos os seus programas jornalísticos. O fantástico de domingo passado mostrou os heróis anônimos do dia 11. E tome 11 de setembro, marco zero, heróis, o mundo antes e depois de 11 de setembro. O que não vemos é o contraditório ao ocorrido. Não mostram reportagens com personalidades mundiais que contestam todo o 11 de setembro. Os radicais, que dizem que tudo foi uma armação do próprio governo dos EUA e os moderados que, diante do desabamento das torres de maneira tão uniforme, resssaltam que ali mais parece uma implosão do que desabamento. Que o atentado envolve segredos não revelados. Você já viu um prédio sendo implodido? Veja e compare com os vídeos das torres desabando.

Veja o vídeo, os aviões atingem as torres (no alto) e como não restou nada das torres, nada mesmo (o primeiro andar também foi totalmente destruído); a suspeita é que os prédios foram realmente implodidos. São tantas as contradições que envolvem o 11 de setembro! Mas, o mais estranho é que a mídia não dá destaque às pessoas que contestam o ocorrido. A rede globo só exalta os heróis, as mudanças na segurança, o marco zero, a tristeza dos familiares mortos. O cinema produziu "Guerra ao Terror" que ganhou o Oscar de melhor filme ano passado e "Vôo United 93", sobre o avião que, eis os heróis de novo..., os passageiros derrubaram, evitando que o mesmo atingisse o Capitólio. Esta do Oscar de melhor filme, então, é o maior absurdo... embora alguns Oscar's sejam absurdos mesmo... (mas isto já é outra história!)
Há muitos livros, sites e documentários que tratam destas suposições. Como as torres desabaram tão facilmente, embora atingidas no topo? O Pentágono também foi atingido, mas o buraco na estrutura do prédio e bem menor do que um "bico" de boieng. Há fotos do local atingido, mas não há marcas no gramado, que no dia 15/09 do mesmo ano foi pavimentado (há fotos da pavimentação). Um avião explodiu ali e tudo o que se encontrou foi uma turbina. Dizem que o avião explodiu ao atingir o solo mas, de novo, desintegração total de um avião é algo surreal. O governo americano divulga gravações de chamadas dos celulares dos passageiros dos aviões, algo impossível a 8000 pés de altura e a velocidade superior a 230 mp/h. Um filme sobre todas estas suspeitas é Fahrenheit 9/11.
A guerra ao Iraque ocorreu em 2003, na esteira da mentira de que Saddam Husseim possuía armas de destruição em massa e de que apoiou o 11 de setembro. Comprovado depois que eram mentiras perpetradas pelo governo dos EUA e que justificaram a invasão do Iraque. Esta guerra causou a morte de 700 mil iraquianos e mais de 3 mil soldados estadunidenses. Este desdobramento do 11 de setembro poucas emissoras dão destaque. As empresas petrolíferas norteamericanas já tomam conta do petróleo iraquiano (com a desculpa de reconstrução do país). As maiores vítimas do pós 11 de setembro, são civis, homens, mulheres e crianças...
Será que algum dia saberemos a verdade sobre o 11 de setembro?

terça-feira, 6 de setembro de 2011

As três irmãs

As irmãs eram bastante unidas. Ana Maria, Ana Cláudia e Ana Beatriz. Com diferença mínima de idade, de um ano para a mais velha e dois anos para a caçula, elas casaram com diferença de meses. A caçula, Ana Beatriz, foi a última a casar e a primeira a engravidar. A do meio, Ana Cláudia, casou seis meses depois da primogênita e engravidou no ano seguinte. A mais velha, Ana Maria, casou primeiro e quatro anos depois ainda não tinha conseguido engravidar. Contava tudo para as irmãs, fazia todas as simpatias e crendices para engravidar. Nos dias que sabia estar fértil o marido “trabalhava” dobrado. Mas, nada de bebê. Enquanto as irmãs já tinham aumentado a prole, cada uma com dois filhos, Ana Maria continuava tentando.
Naqueles tempos (esta história ocorreu há mais de 70 anos) os problemas de infertilidade eram creditados exclusivamente à mulher. Dificilmente um homem aceitava o diagnóstico médico de que era estéril. E o marido de Ana Maria, creditava a ela a dificuldade que tinham em conseguir um bebê. Ingenuamente ele dizia que tinha muito esperma, considerando este fato suficiente para demonstrar que o problema não era com ele. As irmãs evitam polemizar e não contavam que o médico já havia descartado problemas com a primogênita.
- Já tentamos tudo! Que mais podemos fazer, querida irmã!
- Ana Maria pode começar a pensar em adoção! – sugeriu a caçula.
- Eu até que pensei, Ana Beatriz, mas meu marido não admite isso, infelizmente.
- Vamos para a fazenda este fim de semana. Resolveremos isso de vez. – decidiu Ana Cláudia.
E perguntou:
- Qual dos maridos é o mais ativo?
As irmãs caíram na gargalhada.
- O que tem a ver uma coisa com a outra? – perguntou Ana Maria.
- Espere e verá!
No fim de semana, na grande fazenda dos pais, aproveitaram o tempo livre para andar a cavalo e passear pelos campos. Devido a uma complicada disposição dos quartos, os pais rigorosamente religiosos e não havendo quartos para todos, os três casais dormiam separados. As irmãs em um quarto, com porta adjacente para outro pequeno quarto e os maridos no outro lado do corredor. As irmãs confabularam bastante na tarde daquele dia, trancadas no quarto, enquanto os homens saboreavam bebidas e cigarros.
À noite, Ana Beatriz sussurrou no ouvido do marido:
- Querido, te espero no quarto adjacente, mas, por favor, silêncio total, porque minhas irmãs estarão no quarto ao lado.
Ana Maria também combinou com o marido, para mais tarde, ir ao quarto adjacente, pois sentia estar no seu melhor período fértil e não podiam perder aquela oportunidade. Recomendou:
- Não abra a boca para nada, certo? Não quero que minhas irmãs percebam o que estamos fazendo, portanto, silêncio! Te espero. Beijos!
Dois meses depois Ana Maria descobriu que estava grávida. Feliz, contou a novidade para as irmãs. Elas se abraçaram, sabendo que o mais importante era a fidelidade que as unia. A felicidade que procuravam proporcionar umas às outras. Assim nasceu o primeiro e único filho de Ana Maria. E não faltava o clássico comentário quando o filho de Ana Beatriz e o de Ana Maria brincavam juntos:
- Nossa, como os dois são parecidos, não é?
As três irmãs se entreolhavam e sorriam.