terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

O repórter se deu mal...

O argentino já estava de saco cheio das piadinhas dos colegas jogadores, mas aceitava, afinal, eram colegas de campo. Mas, eis que um repórter da rede globo resolve fazer gracinha na hora da entrevista coletiva. Levou um FDP ao vivo... Kkkkkk....


O diálogo completo:

Léo Bianchi: Você conhece Zé Ramalho. Já ouviu a música de Zé Ramalho?
Barcos: Não sei.
Repórter: Não sabe? É que é um apelido, e eu peço licença aos companheiros. E eu trouxe aqui para você ver se realmente parece com as fotos do Zé Ramalho. Tem alguma semelhança com esse sujeito aqui? O que que você acha?
Barcos: Filho da p... Não estamos para brincadeira.
Repórter: Que pena.
Barcos: Não me interessa se parece. São coisas que não vêm ao caso. Estamos aqui para falar de futebol. Isso começou com uma brincadeira de meus companheiros, mas não assim...
Repórter: Foi o Maikon Leite que pediu para te entregar.
Barcos: E você é o boludo [idiota ou babaca] que veio me entregar.
Repórter: Aí você fica bravo quando te chamam de...?
Barcos: Não é que fico bravo. Só não me pareceu muito sério da sua parte.
(A compilação do diálogo é do site Yahoo)

A Rede Globo comanda o futebol (a exclusividade é dela) e impõe muitas coisas. Aqui em MG estava tentando proibir os repórteres radialistas de outras emissoras de fazerem entrevistas com jogadores nos intervalos e ao final das partidas. O Sindicato dos Jornalistas protestou, mas não sei como está a questão. Também foi a Rede Globo que tirou toda naturalidade dos jogadores na hora de comemorar gol e inventou que deveriam fazer coreografias do joão sorrisão. O Deivid perdeu um gol feito no clássico Flamengo e Vasco e o Wagner Love não perdoou, disse que ele (Deivid) parecia estar mais preocupado com a "comemoração" do gol... A Rede Globo está transformando o futebol em programa humorístico. Tem momentos dos gols da rodada no Fantástico que haja paciência para aguentar as interrupções de lances para mostrar fatos engraçados relacionados ao gol. Daí que Dunga já se exasperou com um repórter da Globo (xingou entredentes). Foi crucificado, claro, pois resolveu peitar a poderosa. Agora foi o argentino,que não está nem aí para a Globo e tascou um FDP ao babaca do repórter.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Massacre da Serra Elétrica

Expulso de um bar na Inglaterra, por estar fumando, o maluco (Dean Dinnen) resolveu se vingar. Voltou com... hãhãhã... uma motosserra. Ainda bem que não aconteceu nenhuma tragédia, mas o que veio à minha mente foi o filme O Massacre da Serra Elétrica.
Podem assistir o vídeo tranquilamente, não há nenhuma cena de sangue e mesmo com a motosserra o maluco foi novamente expulso do bar a cadeiradas. 




O Massacre da Serra Elétrica é inspirado em fatos reais da vida de Edward Theodore Gein (Ed Gein), que tinha uma mãe fanática religiosa e um pai alcoólatra. Tinha também um irmão, que suspeitam que ele matou (ele dizia que o irmão estava se desencaminhando religiosamente e iria para o inferno). Após a morte dos pais, o jovem passou a agir de modo estranho, roubando cadáveres de cemitérios. A referência a serra elétrica deve-se ao assassinato de uma mulher, que Ed matou e esquartejou. Após sua prisão a polícia encontrou na casa de Ed, crânios (alguns servindo de tigela de sopa) e diversos objetos feitos de pele humana. Oficialmente ele não é considerado serial killer porque foi acusado de duas mortes. No entanto, acredita-se que ele matou mais de 10 pessoas, a maioria, mulheres.

Ele inspirou personagens famosos de outros filmes de terror/suspense, como Hannibal Lecter, o canibal de O Silêncio dos Inocentes e também o serial killer do mesmo filme, Buffalo Bill, que tirava a pele das vítimas para costurar; Normam Bates de Psicose e o Leatherface do Massacre da Serra Elétrica.

Ele morreu em 1984, aos 76 anos, passados grande parte na prisão e em hospital psiquiátrico. Sua lápide era depredada constantemente, as pessoas tiravam pedaços para levar como souvenir. Depois de recuperada a lápide foi doada a um museu de Wautoma, Wisconsin, EUA.

Eu gostava muito de filmes de terror. Assistia a todos os filmes do Drácula, Frankenstein, que na verdade não  tem tanto terror assim. Medo mesmo só foi causado por um filme: O Exorcista. Esse sim, tem algum impacto (principalmente na época em que assisti, quando tinha vinte e poucos anos). Cada amigo contava um fato após assistir o filme. Meu amigo Emílio estava me contando sobre o filme:
- A menina possuída passa por uma transformação muito grande e pior é quando... ah! - e ele praticamente dá um pulo, olhando assustado para a janela do quarto.
- Que foi?
- O vento balançou a toalha no varal. - disse, apontando para a janela, o quintal às escuras e uma toalha branca no varal - Tá vendo? Só de lembrar, qualquer coisinha assusta a gente.
Nosso amigo Fabrício:
- Depois do filme, quando cheguei no apartamento fui acendendo as luzes de todos os cômodos. O pior é que eu, morando sozinho, não tinha ninguém para conversar comigo. Dormi com as luzes todas acesas. Foi uma noite horrível.
O Edson, de Formiga:
- Cheguei em casa e não conseguia dormir de jeito nenhum. Fui pro quarto da minha vó, deitei do lado dela e ela: "que foi, menino?". Eu só falei: "nada não, vó. Vou dormir aqui com a senhora hoje!"
O Edson tinha 21 anos à época, morava com a avó e uma tia.
Eu morava em Formiga quando assisti o filme. Morava sozinho no barracão adjacente à casa da minha mãe, que estava alugada. Minha mãe e irmãs estavam morando em Belo Horizonte. Quando percebi que não dormiria, li um livro, enquanto bebia uns copos de vinho. Quando o dia estava amanhecendo, aí sim, eu dormi.
Dos filmes de terror, O Exorcista é um dos que causa algum abalo em algumas pessoas.

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Anunciou, comprou!

Meu colega ouvia na base de 50%, atendia telefone e era responsável pelo e-mail do setor e da chefe do setor. Como nós chegávamos primeiro, ele abria os e-mails e me mostrava o conteúdo, que não era nada demais. O nosso setor era responsável pelo remanejamento dos alunos das escolas municipais. A maioria dos e-mails eram solicitações de pais, implorando para que os filhos fossem estudar em outra escola e não na que o programa encaminhava automaticamente, de acordo com o endereço. O e-mail da chefe do setor não tinha nada demais também, uma vez que a extensão era do órgão municipal.
Um dia a chefe solicitou ao meu colega que verificasse o preço de um programa de degravação, pois ela tinha a fita com uma participação de diversas autoridades junto aos professores da rede municipal, com duração de 45 minutos mais ou menos. Ele concordou e como sempre foi me pedir ajuda:
- Jairo, você sabe o que é programa de degravação?
- Um programa que transcreve para o papel, as falas das pessoas, seja a gravação em vídeo ou áudio, ou em ambos. Transcreve direitinho, se a pessoa ficar gaguejando, vai transcrever ela gaguejando.
- Beleza! A chefe quer comprar um programa desses. Pediu para eu verificar o melhor preço.
- Põe um anúncio na internet, dizendo que quer comprar este programa e o e-mail da chefe para retorno.
Foi o que ele fez. Mas, dias depois a chefe deu uma dura nele. Eu vi, sabia que a chefe estava brava com alguma coisa, mas não entendi com o que. Depois que ela foi embora meu colega explica:
- A chefe disse que eu estou usando o e-mail dela para contratar garotas de programa.
- Deve ser vírus. Vamos aproveitar e ver.
Meu colega. abre o e-mail da chefe. E vimos e-mails que diziam:
"temos as melhores garotas de Belo Horizonte. Também o melhor preço do programa. Bordel tal e tal..."
"quantas garotas você deseja para o programa? Quantas pessoas vão participar? Até 5 garotas pelo preço tal e tal, entre em contato pelo tel..."
"você deseja objetos de sadomasoquismo? Você gosta de apanhar ou de bater? Neste caso o preço vai para...."
"indicamos nossa garota, Rainha do Sadô, pelo preço tal..."
E tinha fotos de mulheres e homens em situações sádicas.
Assustado falei para meu colega:
- Fecha isso antes que alguém chegue aqui e nos pegue com estes e-mails abertos. Não vai haver explicação que nos salve de ir para a rua.
- Não entendo! Porque estes e-mails de sexo? - perguntou meu amigo, rindo.
- Não sei, não... Deixa eu ver o anúncio que você enviou.
Não deu outra. O problema era mesmo o anúncio que meu colega colocou na internet:
- Caramba!, veja o que você digitou!!!!!!
>>>>>> Pago bem por um programa de DEPRAVAÇÃO. <<<<<<

Do meu antigo blog - 19/02/2009

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Romaria por igrejas de Minas

Mães amam os filhos incondicionalmente. Em uma certa idade os filhos rompem a ligação umbilical com a mãe, mas a mãe jamais corta esta ligação. A preocupação dos filhos com os pais se reduz, principalmnete se o filho(a) se casa e tem seus próprios filhos, aos quais transfere sua ligação.
Minha mãe se preocupava muito com todos os filhos, mas teve que se preocupar muito mais comigo no ano em que perdi a audição. Eu entrei em coma em Formiga, me trouxeram para Belo Horizonte e só aqui os médicos diagnosticaram a meningite e começaram o tratamento correto. Somente uma semana depois saí do coma, já surdo e só anos depois minha mãe contou:
- Eu emagreci muito quando você ficou em coma. Neste tempo eu quase não conseguia comer.
Depois, quando eu também tive os meus filhos, entendi todo o sofrimento de minha mãe. Vale a máxima que as mães repetem sempre que os filhos contestam tanta preocupação: "Quando você tiver filhos você vai entender!"
Uns seis meses depois que saí do hospital em BH e voltamos para Formiga, minha mãe insistiu para que eu fosse junto à uma missa na Capela de São Geraldo. Insistiu que eu rezasse e agradecesse ao São Geraldo. Mais alguns meses e minha mãe me levou em Divinópolis, não lembro bem porque, só lembro que visitamos a Igreja de Santa Rita de Cássia. Aqui em Belo Horizonte minha mãe insistiu que fôssemos na Igreja de São Sebastião, no Barro Preto.
Anos depois, eu já estava casado e com filhos, andando com minha mãe no centro de Belo Horizonte, avisto um ônibus com destino para Roças Grandes.
- Esse eu não conhecia! - disse para minha mãe.
- É um local de Sabará. Lá tem a Igreja de Santo Antõnio das Roças Grandes. "A gente precisa" ir lá.
Fiquei curioso:
- Porque?
- Quando você estava no hospital, muito ruim, eu não estava muito bem, nem me alimentava direito e sua tia Olímpia me acompanhava, rezando terços e fiz algumas promessas. Prometi que se você saisse vivo do hospital, iríamos em Santo Antônio das Roças Grandes.
Lembrei então da romaria de minha mãe, me levando por diversas igrejas de Formiga, Divinópolis, Belo Horizone.
- Mãeeee!! - eu disse, rindo - Não acredito que a senhora fez promessas para todos os santos!!
Minha mãe riu também:
- Não foi para todos não. Mas, algumas das promessas eu não lembro mais!
Quando fiquei surdo perdi o ano escolar em Formiga. No ano seguinte mudei-me para Belo Horizonte, para estudar no Instituto Santa Inês (para surdos). Morei junto com as irmãs mais velhas, enquanto minha mãe e as irmãs mais novas continuaram em Formiga. Isso não permitiu que minha mãe continuasse me levando em igrejas por Minas afora.
- E esse tanto de promessa que a senhora não cumpriu? Ainda mais tendo que me levar junto?
- Paguei umas três ou quatro das promessas. Você mesmo foi sozinho em Aparecida do Norte.
Eu tinha ido em uma excursão com o pessoal da gráfica, que passou pelo Rio de Janeiro e depois São Paulo, principalmente Aparecida do Norte.
- Deus compreende todo meu sofrimento e desespero naquele momento e portanto, as promessas que eu paguei, pagam todas.