Forças ocultas...

Este vídeo está no Blog do Flávio Gomes, sobre F1. Ele escrevia no jornal Lance!, nas segundas-feiras após as corridas, sobre o desempenho e a nota de cada piloto. Foram aquelas análises que me tornaram leitor assíduo do mesmo. Depois, com o boom da internet, passei a acompanhar as colunas do Flávio no site Grande Prêmio e posteriormente ao blog que ele criou.
No vídeo acima tem algumas pessoas que dizem: "A morte bem que tenta, mas eu só vou mesmo na minha hora!"
Os policiais... bem, os policiais... ninguém acredita mesmo...
:D

Coincidência incrível!

Ligam, 7 horas da manhã de sábado, minha esposa atende, do outro lado falam com seriedade:
- O DOUTOR Jairo está?
Minha esposa pensou que era alguma de minhas irmãs brincando e responde:
- Está dormindo!
Do outro lado, a voz feminina quase tem um ataque:
- DORMINDO??? O paciente já está no bloco cirúrgico, anestesiado e a operação é daqui a meia hora. Por favor, passe o telefone para ele.
Minha esposa ficou com vontade de rir, mas percebeu a aflição na voz da moça e foi objetiva:
- Moça, calma. Acho que você ligou para o número errado. Meu marido chama Jairo sim, mas não é doutor, está dormindo e não atende telefone, pois é deficiente auditivo.
(Torço para que a moça tenha encontrado meu xará a tempo e que a operação tenha sido um sucesso)

E o meu filho mais novo, quando tinha uns 6 anos, instruído a não atender telefone sem um adulto perto, me informa:
- Pai, o telefone ta tocando.
- Pode atender.
Ele atende. Eu pergunto para o meu filho:
- Quem está falando?
- Uma moça. Ela quer falar com você.
- Comigo? Tem certeza?
- Sim, ela falou seu nome, pai.
- Diga que sou surdo e não tenho como atender telefone e que ela pode deixar recado.
Meu filho falou o que eu disse. Pela cara dele (surdo, eu aprendi a ler expressões, por mais sutis que sejam) percebi que estava recebendo uma reprimenda danada.
- A moça falou para eu te entregar logo o telefone.
Ou seja, ela estava pensando que meu filho estava fazendo gracinhas. Lembrei de minha esposa e a ligação para o tal Dr. Jairo e acreditei que deveria ser o mesmo engano.
- Diga que ela ligou para o número errado e desligue.
Ele desligou, perguntei o que a moça tinha falado:
- Ela ficou brava comigo, falou para eu parar de brincar e passar o telefone pra você.
- E como ela falou? O nome da pessoa com quem ela queria falar?
- Com você, pai.
- Repete do jeito que ela falou.
- Ela falou: “gostaria de falar com o Dr. Jairo!”.
Eu sabia! Esse meu xará, Dr. Jairo, parece que não pára no hospital mesmo!

Publicado em 23/07/2008 no meu antigo blog.

Cuidado com o cão feroz

Qual cão é o mais feroz, na sua opinião? Rotwailer, pitt bull, pastores alemães? Nada disso! Um estudo recente revela que o cão mais feroz é o famoso dachshund, aquele cãozinho da propraganda dos amortecedores Cofap. Era divertido vê-lo deslizando, nunca imaginei que fosse um cão feroz. A pesquisa foi publicada na última edição da revista científica Applied Animal Behavior Science. O estudo indica que as raças pequenas são as mais agressivas. Lembro que já tivemos uma dachshund, chamava Lara (em homenagem a Lara Croft, de Tomb Raider). Nunca vi nenhuma ferocidade naquela cachorra! Incomodava, e muito (os outros, eu não), o seu latido. Latia muito forte, qualquer barulho e tome auauauauau! Ela foi embora, meu pessoal resolveu dá-la para uns amigos, justamente devido à latição, não à ferocidade. Nos livramos do cão mais feroz do mundo, sem saber disso. É a melhor aplicação para o provérbio "quem vê cara, não vê coração!", ou bem traduzido, "quem vê focinho, não vê ferocidade"!

Os mais ferozes são: 1-Dachshund, 2-Chihuahua, 3-Jack Russell terrier, 4-Akita, 5-Pastor australiano, 6-Pit bull, 7-Beagle, 8-Springer spaniel inglês, 9-Border collie, 10-Pastor alemão.
Já os cães menos agressivos, ainda de acordo com a pesquisa, são golden retrievers, labradores, são bernardos, britanny spaniels e greyhounds.

Eu estou citando o nome da cachorrada, mas alguns aí são totalmente desconhecidos para mim!

Publicado em 23/07/2008, no meu antigo blog.

Vírus e spy

Eu considero alguns de uma criatividade incrível, apesar dos malefícios que trazem aos incautos, que costumam clicar em tudo que aparece no e-mail. Pior, os que acreditam mesmo que e-mail entra em processo de expiração, que a Polícia Federal vai mandar e-mail para você sem sequer citar o seu nome, que a Polícia Civil vai mandar e-mail divulgando fotos dos indivíduos mais perigosos e que o Ministério Público envia uma intimação por e-mail, entre tantas outras. Atualizações bancárias através de e-mail não existe! Pedido de atualização do Macromedia Flash Player DENTRO do e-mail é a maior piada! Pode-se perceber também que muitos apresentam erros grosseiros de português, indício de fraude. Os pais da Isabela Nardoni são ASSASINOS (assam sinos, pelo visto). Utilizam muito fatos que estão bombando na mídia. Não caiam nessa!
Atualmente estão tentando ludibriar a boa fé das pessoas utilizando alguns dos sete pecados capitais (eu ia escrevendo digitais!). Um que diz que a quantia já foi depositada em sua conta, ou porque você ganhou o processo, ou porque você vendeu alguma coisa. E vem o famoso "clique aqui" para ver os detalhes do depósito (a cobiça faz um monte de incautos clicarem!). E Maria, Ana, Paula, ou qualquer outro nome comum, diz que tem as fotos da maravilhosa noite que passaram no motel (a luxúria faz um outro monte clicar no "clique aqui para ver as fotos").
Você pode ler ou baixar o arquivo em pdf, na minha página do Google Docs.
Vírus, spy e cavalos de tróia

O dia em que meu mundo ficou em silêncio...

No dia 11 de abril de 1973 entrei no Hospital Santa Marta, Formiga, MG, com quadro gravíssimo de meningite meningocócita. Dor de cabeça fortíssima, que me fazia chorar, vômitos continuados e febre, que em poucos instantes chegava a quase 40°. Neste hospital, deitado em uma maca, aguardando atendimento, 12 anos e meio, assustado, perguntei para minha madrinha:

- Cadê minha mãe?
- Ela está na outra sala! Você sabe como ela é nervosa, ela não quis ficar aqui não.
Eu apaguei. Entrei em coma. Foram as últimas palavras que penetraram em meus ouvidos.
E infelizmente, fui tratado como doente de difteria. Anos depois soube que minhas irmãs lutaram para que eu fosse transferido para Belo Horizonte, que perceberam que havia alguma coisa muito errada comigo. Fui transferido, ainda em coma, e só acordei uma semana depois, aqui em Belo Horizonte, no Centro Geral de Pediatria, atualmente Hospital Infantil João Paulo II, ali atrás do Parque Municipal. Quando acordei, meu mundo já era outro. Os sons estavam completamente mortos para mim. Um silêncio surreal dominava meu viver. Meu mundo estava em silêncio. Silêncio total.
A seqüela deixada pela meningite: surdez bilateral profunda (anacusia bilateral).
Falo normal, tenho boa dicção, leio razoavelmente bem os lábios. Mas os sons, estes morreram naquele longínquo domingo de abril de 1973. Sinto vibrações, explosões; sons bem acima dos decibéis normais. Sim, perdi a capacidade de ouvir os sons, todos os sons, mas não perdi a alegria de viver, de sorrir, de cantar, de contar histórias, de conversar fiado, de escrever, mesmo de forma amadora.
(A imagem é parte de minha última audiometria. Ambos os ouvidos com perda total.)