sábado, 23 de agosto de 2014

Inclusão e candidatos

Os candidatos políticos precisam se ater ao respeito das diversas deficiências, principalmente em campanha. As dicas postadas pelo xará, Jairo Marques, no blog que ele mantem no portal da Folha de SP, são bastante úteis, tanto para os candidatos, quanto para os que precisam aprender a lidar com os deficientes.

Clique AQUI para acessar a página.

A demanda de necessidades dos deficientes hoje se concentra na acessibilidade. Até poucos anos atrás, quando não havia ainda a reserva de vagas para deficientes (havia, mas a lei não era respeitada), a busca de trabalho era estafante. A lei é antiga (1991), mas começou a ser realmente aplicada a partir do ano 2000. Com a fiscalização rigorosa pelo cumprimento da Lei nº 8.213, de 1991, as empresas passaram a contratar deficientes, inclusive, procurando os deficientes e não somente ofertando as vagas. Hoje, as empresas reclamam da escassez de mão de obra de profissionais deficientes. 

O Art. 93, da Lei 8.213, que trata desta reserva de vagas para deficientes:


São muitas as empresas que mantêm em seus sites a informação em destaque para o deficiente cadastrar o seu currículo.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

Acabou a Copa; vou lembrar das copas - III

A Copa de 2006 também foi um desastre só. Muitos comparam a de 2006 com a de 2014, quando a Rede Globo tinha total liberdade para filmar o que quisesse. Os jogadores estavam se sentindo muito mais estrelas da tv do que uma equipe que representava o país. Avançou com facilidade no início, enfrentando seleções mais fracas. O futebol não empolgava e quando teve que enfrentar uma seleção de gabarito, perdeu de 1x0 para a França. O time foi muito criticado por essa partida, em que jogou muito mal.
Em 2010 o legal foi ver o Dunga, como técnico, peitar a Rede Globo. Ele não queria que voltasse o circo de 2006, com a Rede Globo mantendo repórter dentro do ônibus da seleção. Dunga, apesar de muito contestado, ganhou a Copa América, a Copa das Confederações e vitórias sobre a Argentina deixaram muitos torcedores satisfeitos. Na Copa do Mundo, infelizmente, a Holanda que o Brasil sempre batia, venceu por 2x1, nos eliminando. Foi neste ano que conheci os primeiros torcedores contra a seleção. Alguns, simplesmente seguiam a Rede Globo, que promoveu uma campanha maciça contra o treinador (ela não aceitou que Dunga barrasse seus profissionais, nem que não permitisse repórteres na concentração) e diziam preferir ver a seleção perder. Quando ele perdeu para a Holanda e deu adeus à seleção logo depois, a Rede Globo conseguiu até mesmo que a CBF promovesse um desagravo a um dos seus repórteres que Dunga destratou. Os jogadores deram uma camisa autografada para o repórter global. O técnico era o Mano Menezes, pior do que o Dunga, pois jamais conseguiu dar um padrão de jogo à seleção brasileira.
Enfim, chegamos à Copa do Mundo de 2014, realizada aqui no Brasil, com jogos aqui pertinho, no Mineirão. Infelizmente, não pude assistir nenhum jogo no estádio, mas fiquei muito satisfeito de ver a copa sendo realizada no meu país. Era legal transitar pela Afonso Pena e diante do Othon Palace e do Financial Hotel, perceber os estrangeiros, com as camisas de suas seleções, Argélia, Argentina, Inglaterra, Bélgica. A parte mais triste de toda a copa foi a campanha... contra a copa. Absurdo, não é mesmo? Brasileiros brandando "não vai ter copa" e quebrando tudo que encontravam pela frente. A campanha envolveu política e mídia contra a copa. E muito, muito pessimismo com o nosso país. Para a mídia a população brasileira era formada de selvagens, o país não tinha estrutura e a organização, um fiasco. Tinha gente com medo de torcer para o Brasil. Tinha gente torcendo contra o Brasil. Comemorando gol contra o Brasil. Mas, a maior parte da população apoiou a seleção e mostrou a verdadeira cara do povo brasileiro. Acompanhei os jogos com os amigos surdos, cada jogo na casa de um. Muita vibração até a semifinal. E se eu fiquei triste com a vergonhosa derrota para a Alemanha, fiquei ainda mais triste quando minha esposa me contou que havia pessoas cantando e comemorando a derrota do Brasil, soltando foguetes.

A população brasileira, o país em si, foram um show à parte. Com todo o pessimismo que a mídia destilava antes, era quase impossível acreditar que alguma coisa daria certo. No fim, a própria mídia teve que se render aos encantados estrangeiros com o nosso Brasil.

Reportagem do site do jornal Estado de Minas. Tem um vídeo muito legal no final, com lindas imagens de Belo Horizonte. Para ler a reportagem basta clicar AQUI.


E algumas coisas muito interessantes...
Para ler a reportagem basta clicar AQUI.


Agora é 2018, na Rússia.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Acabou a Copa; vou lembrar das copas - II

A Copa de 1986 trouxe de volta Telê Santana como técnico e, praticamente, o time de 1982. Eu lembro do jogo contra a França, eu estava em Formiga e assisti o jogo na casa do meu primo, com amigos do meu primo e os tios. No tempo normal, quando o jogo estava 1x1, houve pênalti a favor do Brasil . Foi com enorme tristeza que vimos Zico decidir cobrar, ele que havia entrado poucos minutos antes (estava em recuperação de lesão) e errar. O jogo seguiu empatado no tempo normal e na prorrogação. Na decisão por pênaltis, infelizmente, Sócrates errou e Júlio César (zagueiro), bateu forte, no canto, mas a bola acertou a trave. Era o fim. Condenamos Zico pela insistência em bater o pênalti; que ele estava frio, que ele ainda não estava cem por cento; que ele deveria ter deixado outro bater. Foi muito ruim esta seleção e a de 1982, não ter conseguido chegar às finais. Eram grandes times.
Em 1990 tínhamos uma seleção sem apoio, criticada por todos, devido ao péssimo treinador. Fomos eliminados pela Argentina, na única jogada que Maradona conseguiu fazer (ele estava muito bem marcado) e o passe para Canniggia resultou em gol (golaço, por sinal). A seleção jogou razoavelmente bem, mandou bolas na trave e teve uma cabeçada de Muller (na rede, pelo lado de fora) que eu saí feito doido gritando gol, gol, gol... A tv era preto e branco e por isso não percebi direito que foi para fora. Lembro de minha esposa reclamando: "você está doido? Não foi gol, não!!". Foi a negativa Era Dunga da seleção (ele era volante da seleção). Mas, convém lembrar uma coisa: por pior que o time fosse, por mais contestado que o técnico fosse, quando a Copa começou estávamos todos torcendo para o Brasil ser campeão. Este negócio de torcer contra o Brasil não fazia parte da cultura brasileira. A torcida era a favor, mesmo que o time fosse péssimo.
Enfim, 1994 possibilitou a comemoração do tetracampeonato. Dunga estava lá, de novo, capitão. E o Brasil chegou à final contra a Itália (também tricampeã). A disputa acabou sendo nos temíveis pênaltis. Taffarel defenderia uma cobrança. E os italianos chutariam duas para fora. O resultado final foi 3x2 nos pênaltis. E conquistamos a tão almejada taça. Eu estava em Formiga. Lembro que fomos para a Praça da Rodoviária, onde se realizou uma festa comemorativa. Lembro que eu disse para meu cunhado que "faltou o gol no tempo normal". O gol de Branco, nos 3x2 contra a Holanda, foi um dos que mais comemoramos. Também os gols da dupla Bebeto/Romário. Na final, estávamos na casa da minha tia novamente. Meu tio Adelino, que quatro anos antes assistiu os pênaltis, dessa vez preferiu se retirar para o alpendre da casa a cada cobrança dos brasileiros. A cada vibração nossa dos gols marcados e dos chutes para fora da Itália, ele entrava e via os replays. Até o grito final de campeão, foi assim, o entra e sai do meu tio. Foi a última copa que assisti em Formiga.



1998 foi terrível, porque perdemos justamente a final. Assisti os jogos na casa dos familiares de minha esposa. O campeonato foi realizado nos moldes atuais, 32 seleções, somente o primeiro e segundo colocados de cada grupo avançavam para o mata-mata. O Brasil avançou mesmo com uma derrota para a Noruega. A Holanda estava ali novamente, nas seminfinais. E o Brasil venceu nos pênaltis. A final foi o desastre de 3x0, com o Brasil não conseguindo apresentar um bom futebol. Ronaldo Fenômeno teve uma convulsão antes da final e até hoje este caso não está bem esclarecido, pois ele jogou fora das condições ideais.
Em 2002, com a Copa sendo realizada no Japão e Coréia do Sul, os jogos eram transmitidos de madrugada. Mesmo assim, grande parte dos brasileiros acompanharam as partidas pela tv (a audiência da Rede Globo, transmissora do evento, foi alta). Colocava o despertador para o horário dos jogos. Lembro dos meus meninos acordados, assistindo comigo o jogo do Brasil x Inglaterra, que foi às 3:30 h da madrugada. O golaço "sem querer" do Ronaldinho Gaúcho. A final ocorreu às 8:00 da manhã de domingo, possibilitando assistir tranquilamente o Brasil vencer a Alemanha por 2x0. Essa sim, foi uma final com gols, com o Brasil mostrando que tinha futebol de campeão mesmo.



E só de assistir o vídeo com os melhores momentos a gente vibra novamente. Foi um grande jogo.

(continua)