quarta-feira, 9 de dezembro de 2009

Revistas semanais que perderam a importância

Já fui assinante da revista Veja, de 1994 a 1998. Deixei de assinar a revista, contrariado com uma reportagem sobre Itamar Franco, que destratava o mesmo e, de carona, os mineiros. Muitos dos meus amigos pensaram que deixei de assinar Veja por causa do Lula, outro desafeto da revista, que eu, particularmente digo que, sim, merece críticas, mas não da maneira que a revista faz, sem exaltar as conquistas. Nada disso, o problema foi mesmo a matéria sobre o Itamar e o desrespeito aos mineiros. Eu até escrevi uma carta para a revista (a internet e os e-mails ainda estavam engatinhando), reclamando da matéria, ironizando que o texto cairia bem no programa dos Cassetas, mas não numa revista que, à época, eu considerava uma revista séria. Dessa forma só vim a receber exemplares da revista através das promoções; receba tantos exemplares gratuitos para conhecer a revista e depois assine. Não dava, não voltei a assinar.

Em 2004 assinei a revista Época, entendendo que a mesma seguiria um caminho melhor. Mas, após o término da assinatura, não renovei a mesma. Não foram as matérias contra o Lula, que a revista até se mostrou um tanto imparcial. Mas uma coluna da Ruth de Aquino que, comentando sobre a família Nardoni e a morte da pequena Isabella, conseguiu colocar o Lula no meio da história, claro, de modo negativo. Para ela, sim, foi e-mail, reclamando, não da coluna, que até estava ok, mas da inserção do governo no meio de um fato inerente ao mesmo. Ela respondeu o e-mail, educadamente, mas neutra, finalizando com um "espero que as próximas colunas o agradem". Não sei se era resposta automática. Continuei recebendo a revista por mais uns 2 anos, gratuitamente, até que a mudança de endereço ocasionou o corte definitivo do envio dos exemplares.


Hoje, ao ler os blogs que acompanho (Escrevinhador, Rodrigo Vianna), deparo com uma crítica à revista, que elegeu os 100 brasileiros mais influentes de 2009. Afora as figurinhas carimbadas de sempre (Aécio, Serra, Lula, FHC), tivemos alguns nomes bastante contraditórios (Gilmar Mendes, José Sarney, Renan Calheiros, Kátia Abreu). Mas, até aí tudo bem, afinal, a política é uma seara difícil demais! O que contrariou muita gente foi um nome entre os Guias & Pensadores. Não dá para entender como o nome de Ali Kamel entrou nesta lista. Ele é o autor de um livro que diz que no Brasil não há racismo, outro sobre o Islã e um dicionário sobre os discursos do Lula. Também é o diretor de jornalismo da Globo. Daí a ser um grande guia ou pensador, vai uma distância muito grande (A lista dos 100)

Disse comigo mesmo: se não tivesse cancelado a assinatura antes; estaria cancelando hoje.


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