domingo, 12 de junho de 2011

Globo e você, tudo a ver, a rede tem o poder!

Quando eu era mais novo e escrevia umas historinhas (são os diminutivos que ganharam vida própria, como por exemplo: radinho, ao invés de radiozinho), achava chique a ABL - Academia Brasileira de Letras, que reunia os grandes escritores do país. Pensava que se escritor fosse, meu nome um dia faria parte da ABL também. Hoje, escrevendo neste blog, contando "causos" e comentando fatos da vida e do país, acho que também vou pedir uma vaguinha lá na ABL. Porque Merval Pereira conseguiu seu assento na ABL, não devido às suas obras ou à sua importância para a literatura brasileira e sim por ser colunista do jornal o globo (é minúsculo mesmo). Sabe o que ele já fez de tão importante para a literatura brasileira? Escreveu dois (isto mesmo, você não leu errado, DOIS) livros. Na verdade, escreveu mesmo um só, porque o outro é uma coletânea de suas colunas do jornal (estou pesquisando no google os livros do global, mas mesmo com toda fama, está difícil encontrar). Escreveu "A Segunda Guerra, a Sucessão de Geisel" e "O Lulismo no Poder". Em 1979 recebeu o Prêmio Esso pela série de reportagens "A Segunda Guerra, a Sucessão de Geisel", publicada no Jornal de Brasília e escrita em parceria com o então editor do jornal André Gustavo Stumpf. A série virou livro com o mesmo nome. A cadeira dele na ABL deveria ser dividida com o editor do jornal que colaborou com a reportagem. E o perdedor? Antônio Torres é um escritor baiano e, é claro, não tem importância nenhuma para nossa literatura, pois não escreveu nada contra o Lula, não publicou nenhuma coluna no globo e não vai trazer para a ABL as câmeras de tv, a exposição dos imortais no Fantástico, as reportagens sobre os fardões e as entrevistas com os imortais. Ele só tem estas insignificâncias abaixo:
 Prêmios:
Romance do Ano - 1996 - Concedido pelo Pen Clube do Brasil.
•Prêmio Hors Concours - 1998 - União Brasileira dos Escritores
•Chevalier des Arts et des Lettres - 1998 - Condecorado pelo governo francês.
•Prêmio Machado de Assis - 2000 - concedido pela Academia Brasileira de Letras.
•Prêmio Passo Fundo Zaffari & Bourbon de Literatura - 2001 - na 9ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo - RS.
Bibliografia:
Um cão uivando para a lua - 1972  Os homens dos pés redondos - 1973 Essa terra - 1976 Carta ao bispo - 1979 Adeus, velho - 1981 Balada da infância perdida - 1986  Um táxi para Viena d’Áustria - 1991 O centro das nossas desatenções - 1996 O cachorro e o lobo - 1997 O circo no Brasil - 1998 Meninos, eu conto - 1999 Meu querido canibal ¾ 2000 Essa Terra (edição comemorativa de 25 anos) - 2001 O Nobre Sequestrador -  2003 Pelo Fundo da Agulha - 2006 Minu, o gato azul - 2007 (história para crianças) Sobre pessoas - 2007 (crônicas, perfis e memórias)
Então, quando morrer outro imortal (os imortais da ABL morrem, o que fica imortalizado é o nome), vou lançar meu nome para concorrer à vaga. Afinal, o que importa não é a bibliografia do escritor e sim seu patrocinador. Não vou conseguir nenhuma emissora de tv para patrocinar minha candidatura, mas prometo divulgar a lista de todos os 40 imortais neste meu blog, todos os dias. E vou divulgar a ABL em Libras, para a comunidade surda, algo inédito neste nosso Brasil.
Saiba mais sobre a ABL clicando aqui. (vixi, entre os 40 imortais temos Ivo Pitanguy (cirurgião), José Sarney e Marco Maciel (políticos).
O site do Antônio Torres você visita clicando aqui.
O poder da globo interfere em muita coisa no Brasil. Infelizmente!


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