sexta-feira, 26 de setembro de 2014

26 de setembro - Dia do Surdo

Este é um resumo da História dos Surdos.

No Egito, os Surdos eram adorados, como se fossem deuses, serviam de mediadores entre os deuses e os Faraós, sendo temidos e respeitados pela população.
Na época do povo Hebreu, na Lei Hebraica, aparecem pela primeira vez, referências aos Surdos.
Na Grécia, os Surdos eram encarados como seres incompetentes. Aristóteles, ensinava que os que nasciam surdos, por não possuírem uma língua, não eram capazes de raciocinar. 
Os Romanos, influenciados pelo povo grego, tinham ideias semelhantes acerca dos Surdos, vendo-os como seres imperfeitos.
Era comum lançarem as crianças surdas (especialmente as pobres) ao rio Tibre, para serem cuidados pelas Ninfas.
Os cristãos, até à Idade Média, criam que os Surdos, diferentemente dos ouvintes, não possuíam uma alma imortal, uma vez que eram incapazes de proferir os sacramentos.
John Beverley, em 700 d.C., ensinou um Surdo a falar, pela primeira vez (em que há registo). Por essa razão, ele foi considerado por muitos como o primeiro educador de Surdos.
Foi na Idade Moderna que se distinguiu, pela primeira vez, surdez de mudez. A expressão surdo-mudo, deixou de ser a designação do Surdo.
Pedro Ponce de León, um monge católico da ordem dos beneditinos, inicia, mundialmente, a história dos Surdos, tal como a conhecemos hoje em dia. Além de fundar uma escola para Surdos, em Madrid, ele dedicou grande parte da sua vida a ensinar os filhos Surdos, de pessoas nobres.
John Bulwer, médico inglês, acreditava que a língua gestual deveria possuir um lugar de destaque, na educação para os Surdos; foi o primeiro a desenvolver um método para comunicar com os Surdos. Publicou vários livros, que realçam o uso de gestos.
Charles Michel de L'Épée, nascido em 1712, ensinava, numa primeira fase, os Surdos, por motivos religiosos. Muitos o consideram criador da língua gestual.
Os seus principais contributos foram: criação do Instituto Nacional de Surdos-Mudos, em Paris (primeira escola de Surdos do mundo); reconhecimento do Surdo como ser humano, por reconhecer a sua língua; entre outros.
Antes do Congresso, na Europa, durante o século XVIII, surgiam duas tendências distintas na educação dos surdos: o gestualismo (ou método francês) e o oralismo (ou método alemão). A grande maioria dos surdos defendia o gestualismo enquanto que apenas os ouvintes apoiavam o oralismo - por exemplo Bell, nos EUA, fazia campanha a favor deste método, entre muitos outros professores, médicos, etc.
O Congresso de Milão, em 1880, foi um momento obscuro na História dos surdos, uma vez que que lá um grupo de ouvintes, tomou a decisão de excluir a língua gestual do ensino de surdos, substituindo-a pelo oralismo (o comitê do congresso era unicamente constituído por ouvintes.). Em consequência disso, o oralismo foi a técnica preferida na educação dos surdos durante fins do século XIX e grande parte do século XX.
Uma década depois do Congresso de Milão, acreditava-se que o ensino da língua gestual quase tinha desaparecido das escolas em toda a Europa, e o oralismo espalhava-se para outros continentes.
Em 1898 surge o primeiro aparelho auditivo. Em 1948 surgem os aparelhos com pilhas. Em 1953 começa a ser usado o transistor em próteses.
Em 1970 aparecem as primeiras tentativas de implantação coclear. No entanto, a comunidade surda, como um todo, é contra a implantação coclear em crianças surdas, antes da aquisição da língua.
No início da Segunda Guerra Mundial, na Alemanha, os surdos começaram a perder os seus direitos. Com a guerra em curso passaram a ser mortos. Em 1941, era comum o uso de eutanásia nos hospitais, onde eram mortos bebés com deficiência, incluindo surdos.

Com o reconhecimento de que eram capazes, os surdos lutaram e ampliaram suas conquistas.
O Instituto Nacional de Educação de Surdos – INES, foi criado pela Lei n° 939, de 26 de setembro de 1857.
A Libras foi oficializada no Brasil em 24 de abril de 2002 pela Lei Federal 10436, no Governo Fernando Henrique Cardoso.
Lei nº 11.796, de  29 de outubro de 2008 institui o Dia Nacional dos Surdos, no Governo Luiz Inácio Lula da Silva.
Lei nº 13.005, de 25.6.2014, aprova o Plano Nacional de Educação que inclui a Escola Bilíngue para Surdos, no Governo Dilma Rousself.

Parabéns, surdos!

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