sábado, 9 de novembro de 2013

Música em silêncio

Não tive a oportunidade de ouvir a Nona Sinfonia de Beethoven. Mas, mesmo que somente vendo as imagens da propaganda abaixo, é emocionante.


Beethoven teve problemas auditivos com 26 anos de idade. Para um músico, a perda da audição é um duro baque. Não foi diferente para ele, entrou em depressão e pensou em suicidar-se. Ele procurou médico, utilizou cornetas acústicas e mudou de ares. Mas, nada disso resolveu. Escreveu:
"Devo viver como um exilado. Se me acerco de um grupo, sinto-me preso de uma pungente angústia, pelo receio que descubram meu triste estado. E assim vivi este meio ano em que passei no campo. Mas que humilhação quando ao meu lado alguém percebia o som longínquo de uma flauta e eu nada ouvia! Ou escutava o canto de um pastor e eu nada escutava!"

Beethoven não perdeu a audição completamente. Ouvia o suficiente para continuar compondo. Mas, quando compôs a Nona Sinfonia, a surdez estava bastante avançada e ele teve muita dificuldade para terminá-la. A sinfonia incorpora parte do poema Ode à Alegria:
"Alegria bebem todos os seres
No seio da Natureza:
Todos os bons, todos os maus,
Seguem seu rastro de rosas.
Ela nos deu beijos e vinho e
Um amigo leal até à morte;
Deu força para a vida aos mais humildes
E ao querubim que se ergue diante de Deus!"

Beethoven tentou reger uma ópera, mas a surdez fazia com que perdesse o acompanhamento correto. Quando da estréia da apresentação da Nona Sinfonia, ele tentou regê-la, mas o estado avançado de sua surdez era um problema. Ele regeu a orquestra, porém, os músicos prestaram atenção somente no outro maestro que dividiu o palco com Beethoven, para que tudo corresse da melhor forma possível.
Ao final, o público aplaudiu de pé e sabendo que o compositor não mais ouvia, agitaram lenços e chapéus (o sinal de aplauso para os surdos são os braços agitados ao alto).

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