A solidão e sua porta
Quando nada mais resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar,
Nem o torpor do sono que se espalha.
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar,
Deixando-te sozinho na batalha
a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida,
com tudo de insolvente e provisório.
E que ainda tens uma saída:
Entrar no acaso e amar o transitório.
Quando nada mais resistir que valha
A pena de viver e a dor de amar
E quando nada mais interessar,
Nem o torpor do sono que se espalha.
Quando pelo desuso da navalha
A barba livremente caminhar
E até Deus em silêncio se afastar,
Deixando-te sozinho na batalha
a arquitetar na sombra a despedida
do mundo que te foi contraditório,
lembra-te que afinal te resta a vida,
com tudo de insolvente e provisório.
E que ainda tens uma saída:
Entrar no acaso e amar o transitório.
Autor: Carlos Pena Filho.
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